TIM deve demitir 1.000 no Brasil até o fim de março, dizem
fontes.
(Bloomberg) -- A Tim Participações pretende eliminar cerca de 8%
de sua força de trabalho da unidade brasileira, em um primeiro passo para
reduzir custos e melhorar a eficiência, de acordo com duas pessoas
familiarizadas com o assunto.
A redução de pessoal na TIM envolveria cerca de 1.000
trabalhadores de tempo integral, disseram as pessoas, que pediram para não ser
identificadas porque a informação não é pública. Os cortes devem ocorrer até o
final de março, disse uma das pessoas.
A Telecom Italia pretende anunciar os detalhes das reduções de
custos aos sindicatos até 16 de fevereiro.
O plano também inclui a criação de uma unidade de negócios para
180 lojas da TIM, que empregam cerca de 2.000, disse a fonte.
A reorganização da unidade brasileira será discutida pelo
conselho da Telecom Italia em 15 de fevereiro, quando a empresa também
analisará os dados financeiros de 2015 e o novo plano de negócios, disseram as
pessoas.
A TIM também está avaliando a terceirização parcial de seus call
centers, que empregam 5.000 trabalhadores, disseram as pessoas.
Um porta-voz da Telecom Italia se recusou a comentar. Em nota, a
TIM confirmou que há um plano para redução de custos, mas disse que não
divulgou "qualquer número referente a ajustes no quadro de pessoal".
Leia a
íntegra da nota enviada pela companhia: "A TIM Brasil lidera desde o
segundo semestre de 2015 um plano de eficiência que abrange todas as áreas da
companhia, com revisão ampla de processos e atividades.
O plano tem como meta a redução dos custos recorrentes de R$ 1
bilhão até o segundo semestre de 2017, e está sendo realizado com grande
disciplina com o objetivo de gerar perspectivas sempre melhores para as
operações e para a capacidade de investimento da companhia. A operadora não
divulgou qualquer número referente a ajustes no quadro de pessoal.
O Grupo TIM apresentará em Londres no dia 16 de fevereiro as
linhas do plano estratégico 2016-2018."
A TIM tem cerca de 13 mil trabalhadores no Brasil, incluindo a
equipe de call center. A empresa registrou no ano passado vendas de R$ 17,1
bilhões (US$ 4,4 bilhões).
Em outubro, a LetterOne, empresa de investimentos de Mikhail
Fridman, concordou em iniciar negociações com a Oi para injetar até US$ 4
bilhões na empresa para ajudar em uma fusão com a TIM.
A empresa resultante de uma fusão de TIM e Oi teria uma
participação de mercado de cerca de 44% no Brasil, de acordo com dados da
Anatel. Os concorrentes incluem a Telefônica e a Claro.
Daniele Lepido.
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