Crescimento da frota de carros flex com GNV quase dobra no
município do Rio.
Robson trabalha como motorista e instalou o kit gás: ‘se a
pessoa roda muito, vale a pena’.
A frota de veículos movidos a Gás Natural Veicular (GNV) no
município do Rio cresceu, apenas de janeiro a setembro deste ano, 13,5%.
O aumento da quantidade de carros flex com o kit-gás já é quase
o dobro do mesmo período de 2015, quando houve 7,9% de aumento. Os dados do
Detran-RJ mostram como a procura pela conversão do carro tem sido impactada
pela crise econômica, uma vez que o gás sai muito mais em conta do que a
gasolina e o etanol.
O motorista Robson Dias, de 37 anos, faz parte desse grupo que
aderiu ao GNV:
— Faz pouco mais de um mês que eu converti o carro. Optei pelo
gás para economizar, porque sei que é mais vantagem para quem roda muito, como
eu. Eu gastava, a cada dois dias, entre R$ 70 e R$ 80 com gasolina. Agora,
desembolso apenas R$ 20.
Apesar de o investimento na compra e na instalação do kit-gás
não ser pequeno — varia de R$ 3 mil a R$ 5.500, em média —, a economia com o
combustível compensa. Segundo a Gás Natural Fenosa (CEG), a queda na despesa
que o motorista tem ao abastecer com GNV, em vez de gasolina, é de cerca de
61,9%.
Quando comparado ao etanol, o gás representa um custo 68,4%
menor. Na comparação com a opção flex — ora abastecendo com gasolina, ora com
etanol —, a economia é de 66%.
Outra vantagem na conversão do veículo é o abatimento de 62,5%
no valor do IPVA: no Estado do Rio, a alíquota para carros movidos a GNV é de
1,5%, contra 4% para automóveis flex. Para ter direito ao desconto, o motorista
precisa seguir à risca o passo a passo do Detran-RJ, da apresentação dos
documentos à vistoria.
Para quem está sem grana e já é cliente da CEG, existem, no Rio,
oito oficinas certificadas pelo Selo Oficial 10 e conveniadas à concessionária
para parcelar o kit-GNV em até 24 vezes na própria conta de gás.
O selo foi desenvolvido em parceria com o Centro de Tecnologias
do Gás (CTGÁS) – um consórcio entre a Petrobras e o Senai – para certificar as
oficinas aptas a realizar a instalação.
No entanto, qualquer uma das oficinas credenciadas pelo Inmetro
pode fazer a colocação do kit.
COMO INSTALAR O KIT GNV
Detran
No site do Detran, consta o passo a passo que o motorista deve
seguir para fazer a conversão do carro. São necessários vários documentos, além
de vistoria do próprio departamento após a instalação do kit.
Para encontrar as instruções, basta acessar o
www.detran.rj.gov.br, inserir "transformação de combustível" na busca
e clicar no primeiro link que aparece
Parcelamento
As oito oficinas conveniadas à CEG para o parcelamento do kit
gás em até 24 vezes são: Investgás (Taquara e Vila Valqueire), Gás Imperial
(São Cristóvão); Italian Gas (Bonsucesso); Carro a gás Centro Automotivo (Praça
da Bandeira); Top Mendanha Gás (Campo Grande); Cata Preta Gás Automotivo
(Curicica) e Evolução do Gás (Santíssimo).
InMetro
A lista de todas as oficinas credenciadas pelo Inmetro para
fazer a instalação do kit gás pode ser consultada no site:
inmetro.gov.br/inovacao/oficinas/lista_oficinas.asp
Gerações
Embora mais caro, o kit-gás de 5ª geração é bem melhor do que o
de terceira porque gasta menos gás e, além disso, porque a regulagem do kit de
terceira geração depende da experiência do mecânico, enquanto o modelo de
quinta geração é regulado por um software.
TROCA
Caso o proprietário troque de veículo, o kit GNV poderá ser
facilmente transferido para o carro novo, bastando, para isso, pequenas
modificações.
Nesse caso, será necessário apenas um novo certificado de
homologação, uma vez que o certificado anterior era específico para o primeiro
veículo.
Foto: Rafaella Barros / Extra.
Jornal EXTRA online.
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