Desvende os 10 principais mitos sobre o câncer de mama.
MITO 1:
O câncer de mama sempre aparece como um caroço
Existem duas formas principais de aparecimento do câncer de
mama. "A primeira delas é o nódulo ou caroço, como é popularmente
conhecido", afirma o mastologista Eduardo Millen, diretor da Sociedade
Brasileira de Mastologia.
A outra forma mais comum é a microcalcificação. "Neste
caso, apenas a mamografia consegue fazer o diagnóstico precoce, quando ele tem,
no mínimo, 1 milímetro", aponta.
Em torno de 1,5 e 2 centímetros, essa calcificação já consegue
ser identificada pelo exame clínico feito por um bom mastologista. Há casos
menos comuns ainda em que ocorre uma secreção sanguinolenta pelo mamilo de
forma espontânea ou descamação da auréola e do mamilo.
MITO 2:
Todo caroço na mama é um câncer
Nem todo caroço na mama é um câncer. "Na verdade, a maioria
dos nódulos que surgem são benignos", afirma o mastologista Silvio
Bromberg, do Hospital Albert Einstein.
Geralmente, eles são fibroadenomas ou proliferações das células
da glândula mamária. Existem ainda os falsos nódulos ou cistos.
Neste caso, o potencial de malignidade é nulo, já que o caroço
não é nem mesmo sólido.De qualquer maneira, qualquer paciente que identificar
um caroço no seio deve procurar um mastologista, independente da idade.
Mesmo um nódulo benigno pode exigir acompanhamento médico para
que não cresça ou se torne maligno.
MITO 3:
Antitranspirantes e desodorantes favorecem o aparecimento do
câncer de mama
"Não há qualquer relação entre o uso de antitranspirantes
ou desodorantes e o câncer de mama", afirma a mastologista Maria do
Socorro Maciel, diretora de mastologia do Hospital A. C. Camargo.
Nenhum estudo comprovou que o uso, seja de produtos roll on,
spray ou aerosol, favoreça o desenvolvimento da doença.
MITO 4:
Apenas mulheres com histórico de câncer de mama na família podem
ter a doença
"Qualquer pessoa em qualquer idade pode desenvolver um
câncer de mama, independente do sexo, da cor ou do histórico familiar",
afirma o mastologista Eduardo.
Ele aponta, entretanto, que alguns pacientes apresentam um risco
maior de ter a doença do que outras. Elas se enquadram nos chamados 'grupos de
risco'.O primeiro grupo de risco é o daqueles que têm dois ou mais parentes que
tiveram câncer de mama ou de ovário antes da menopausa, no caso das mulheres.
O segundo se refere aos grupos que apresentaram mutações
genéticas diretamente ligados ao câncer de mama. O terceiro grupo inclui
pacientes que receberam tratamento contra o câncer com radioterapia no tórax
antes dos 25 anos.
"Depois dessa idade, o DNA não sofre mutações que podem
favorecer o câncer de mama", diz o especialista.Quem pertence a um desses
grupos deve começar a fazer exames de mamografia a partir dos 25 anos,
aproximadamente.
As demais pessoas devem começar a prevenção com a mamografia a
partir dos 40 ou 50 anos.
MITO 5:
A biópsia do câncer de mama pode causar uma metástase
"A metástase pode acontecer quando o câncer apresenta
células capazes de se deslocar e implantar em outras partes do corpo, o que
independe da realização ou não de uma biópsia", afirma a mastologista
Maria do Socorro.
MITO 6:
Sutiã apertado pode causar câncer de mama
Com ou sem aro, com ou sem bojo, com alças largas ou finas, não
importa. "O sutiã não favorece o desenvolvimento do câncer de mama",
afirma o mastologista Eduardo. Nenhum estudo foi capaz de provar ação de causa
e efeito.
MITO 7:
Autoexame dispensa a mamografia
O autoexame das mamas caiu por terra. "Nenhum estudo
conseguiu provar que ele diminui a mortalidade por câncer de mama", afirma
o especialista Silvio. Por isso, nada dispensa consultas com mastologistas ou
exames de mamografia.
De qualquer forma, o toque durante o banho ou em outro momento
mais calmo ajuda a identificar lesões ou nódulos. Quando isso acontece, a
primeira medida é procurar um médico para uma avaliação mais detalhada.
MITO 8:
Mulheres com seios pequenos não têm câncer de mama
"A chance de uma mulher desenvolver câncer de mama não está
relacionada ao tamanho dos seios", afirma o mastologista Eduardo.
Verdadeiros fatores de risco são a obesidade, a hereditariedade
e o cultivo de maus hábitos, como fumar.
MITO 9:
Próteses de silicone favorecem o desenvolvimento do câncer de
mama
"Próteses de silicone não aumentam o risco de desenvolver o
câncer de mama", diz o especialista Silvio. Antes de fazer o implante,
entretanto, recomenda-se realizar uma consulta com um mastologista para ter
certeza de que não há qualquer nódulo nas mamas.
MITO 10:
Próteses de silicone atrapalham o diagnóstico do câncer de mama,
piorando o tratamento
Em maio de 2013, o periódico científico British Medical Journal
publicou um estudo realizado na Universidade Laval, no Canadá, que sugere que a
colocação de próteses de silicone dificulta o diagnóstico precoce do câncer de
mama.
Os pesquisadores apontam que os implantes podem dificultar a
visualização do tecido mamário através de exames de imagem, como a mamografia e
a ultrassonografia.
No entanto, não há consenso científico quanto às limitações dos
exames de imagem em pacientes que possuem próteses de silicone nas mamas. É
preciso que mais estudos sejam realizados para que haja uma resolução
definitiva.
Por hora, é recomendado apenas que pacientes com alto risco para
o desenvolvimento do câncer de mama como as que têm casos próximos da doença na
família evitem a colocação das próteses.
© Getty Images
Portal MSN.
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