Como o exercício físico pode retardar o envelhecimento.
A ginástica age nas células de forma a driblar os efeitos do tempo
O envelhecimento é o conjunto de alterações que ocorrem no organismo ao longo da vida. Trata-se de um mecanismo que começa no nascimento.
Mas só nos atemos a ele na maturidade, quando os primeiros fios de cabelo branco aparecem, a audição e a visão diminuem e ligeiros cansaços se tornam mais evidentes.
Esses sinais e sintomas são os aparentes, mas significam que todas as nossas células estão diminuindo sua atividade. É o relógio biológico, nosso prazo de validade.
O organismo é controlado por um intrincado processo de sinalização entre todas nossas células, que responde a estímulos internos e externos. Esse mecanismo controla a produção de hormônios, neurotransmissores, a produção e excreção de materiais celulares, a destruição e renovação das células, e é chamado de apoptose celular.
O exercício é um, e talvez o mais potente desses estímulos. Ele informa as células de que é necessário se renovarem, manterem-se aptas, sadias, em pleno funcionamento.
Os músculos são um bom exemplo: se são exercitados, eles se fortalecem, ou seja, o exercício estimula as células a produzir, armazenar e ordenar material proteico fazendo com que a fibra muscular fique maior, mais grossa, mais apta e saudável.
Por outro lado, o sedentarismo não estimula as células e elas perdem material, diminuem, afilam e se enfraquecem.
      Isso ocorre em cada célula de cada tecido e de cada órgão, no cérebro, olhos, ouvidos, artérias, coração, pulmões, sistema imunológico, metabólico etc. Cada célula responderá especificamente em relação à sua função.
Sabe-se que muitos fatores interferem no envelhecimento, como as características genéticas, o estado de saúde, os hábitos de vida, a alimentação, o fumo, as drogas, a poluição, o bem-estar, a felicidade, o stress e vários outros.
A ciência estuda o impacto desses fatores e as estratégias para sua eliminação, controle ou otimização através do uso de antioxidantes, da dieta saudável, da restrição calórica, da reposição hormonal, da prevenção de doenças, da identificação genética e do exercício.
Ainda não é possível escolhermos nossos genes, mas está perfeitamente ao nosso alcance controlar os fatores relacionados ao envelhecimento.
O exercício não é o salvador da pátria, mas é sem dúvida o mais simples, barato e acessível, além de importante facilitador e motivador para o controle do processo de envelhecimento.
Ainda está sentado?
Por: Paulo Zogaib 
Revista VEJA online.

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