Fui mal no Enem, e agora?
O intervalo de mais ou menos 60 dias entre o fim das provas e a divulgação do resultado do Enem é uma tormenta para milhões de estudantes que prestam o Exame todo ano.
São dois meses de ansiedade, espera e agonia para descobrir a nota final e saber se finalmente vai conseguir entrar no curso desejado.
Nas mãos, só o gabarito - que dá apenas uma noção muito vaga do desempenho e nenhuma ideia, nem por mais distante que seja, da nota da redação.
Para aqueles que acham que foram mal no Enem, resta ter paciência e esperar a divulgação da nota final. O resultado, por incrível que pareça, pode ser completamente diferente daquilo que você imaginava!
É que o Enem usa um modelo complexo para avaliar o conhecimento do estudante. Muitos que julgam ter fracassado, podem acabar com uma boa média final.
Acompanhe as dicas a seguir e descubra o que fazer se você acha que realmente se saiu mal na prova.
Fui mal nas provas objetivas do Enem!
Talvez você não saiba, mas a nota do Enem pode ser bem diferente daquela que você espera - mesmo que você ache que tenha se saído mal nas objetivas.
O sistema utilizado para calcular a nota do Enem é baseado num modelo matemático chamado Teoria de Resposta ao Item (TRI), que avalia o conhecimento do aluno em relação ao tema, analisa se o acerto foi intencional ou “chutado” e vai atribuindo valores diferentes a cada questão.
Ou seja: a nota do Enem não pode ser calculada apenas com base no somatório simples das respostas certas do gabarito que você tem em mãos.
Veja algumas situações muito comuns que ocorrem no Exame:
-Muitos dos que acertam um número maior de questões consideradas complexas e erram as mais simples podem ter uma nota mais baixa do que aqueles que acertam apenas as mais simples.
-Outros acertam várias questões “no chute” e ao final não recebem uma boa nota, pois o sistema identificou o padrão de resposta aleatória.
-Tem também aqueles que não acertam nenhuma questão e, ainda assim, têm nota maior que zero. Ou quem acerta todas as questões objetivas e não consegue somar os 1.000 pontos.
A dica de ouro para esse momento é: guarde o gabarito na gaveta e segure a ansiedade até a data da divulgação dos resultados finais. Não tem outro jeito!
Fui mal na redação do Enem!
A redação tem um peso importantíssimo no Enem e é a única prova que pode render 1.000 pontos na nota final. Se você acha que se saiu mal também na redação, nosso conselho é, novamente: aguarde o resultado oficial. Entenda melhor:
As redações são corrigidas uma a uma por uma equipe de especialistas. Eles vão analisar e atribuir notas diferentes a cinco aspectos do seu texto:
Domínio da língua portuguesa. Compreensão do tema e uso do formato de dissertativo-argumentativo.
Seus argumentos, defesas, pontos de vista.Uso de mecanismos linguísticos para construção da argumentação.
Elaboração da proposta de intervenção social para o problema, respeitando os direitos humanos.
Você só vai tirar zero na redação se:
-Fugir do tema.
-Deixar a folha de redação em branco.
-Não atender à estrutura dissertativa-argumentativa.
-Escrever menos de sete linhas.
-Usar palavrões, xingamentos ou outras formas propositais de anulação.
-Desrespeitar os direitos humanos.
Se você tiver atendido à maioria dos itens de avaliação, as chances de tirar uma boa nota aumentam bastante. E uma boa nota na redação pode compensar o mau desempenho nas provas objetivas.
E se a minha nota final for mais baixa que o esperado?
Se a sua pontuação não for suficiente para ingressar naquele curso tão desejado, saiba que nem tudo está perdido.
A nota do Enem pode ser usada em inúmeros processos seletivos e pode garantir sua colocação em uma faculdade. Conheça alguns dos principais:
Bolsa de estudos em universidade particular
- O Programa Universidade Para Todos (ProUni) do Governo Federal oferece bolsas de estudos integrais e parciais em faculdades privadas para estudantes de baixa renda que não conseguiram entrar na universidade pública. Para participar da seleção é preciso ter um mínimo de 450 pontos nas provas objetivas e nota maior que zero na redação, além de atender a alguns requisitos de renda e escolaridade.
Financiamento estudantil
- O FIES é um financiamento estudantil a juros baixo do Governo Federal que permite a alunos de baixa renda estudar em universidades privadas.
É um empréstimo de longo prazo, que só começa a ser pago um ano e meio depois que o aluno se forma. Para concorrer ao benefício é preciso ter, no mínimo, 450 pontos nas provas objetivas e nota maior que zero na redação (para quem se formou no ensino médio a partir de 2010).
Acesso direto a universidades privadas
- Várias instituições particulares de ensino usam a nota do Enem para permitir o ingresso direto do estudante, sem ter que passar por vestibular. Nesse caso o ideal é consultar o edital de seleção da faculdade desejada e descobrir a nota mínima exigida para cada curso.
Universidades com acesso direto pelo Enem
Confira algumas instituições privadas de ensino superior reconhecidas pelo MEC que utilizam o método de acesso direto (sem vestibular) utilizando a nota do Enem:
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