Correios querem desligar de seis mil a oito mil funcionários
este ano.
Empresa será a terceira estatal a lançar plano de demissão
voluntária para economizar
Rio - Mais uma estatal brasileira vai estimular a saída de
funcionários para reduzir custos. Além do Banco do Brasil e da Caixa Econômica
Federal, agora serão os Correios que também vão oferecer um Plano de Demissão
Voluntária (PDV) este ano.
A proposta foi aprovada pelo Ministério do Planejamento no fim
do ano passado. A expectativa é que entre seis mil e oito mil servidores dos
Correios deixem a a empresa, dentre os 13 mil que estariam em condições de
aderir ao plano.
De acordo com a agência Estadão Conteúdo, o PDV oferecerá
complementação salarial a ser paga durante oito anos aos funcionários que se
desligarem da companhia.
Os Correios estimam que, se for bem-sucedido, o plano de
demissão trará economia de R$ 850 milhões a R$1 bilhão por ano para a estatal.
A estatal tem como foco funcionários com mais de 55 anos,
aposentados ou com tempo de serviço para requerer a aposentadoria.
Segundo os dados da empresa, os funcionários nessa faixa etária
representam pouco mais de 15% dos 117,4 mil empregados. Para incentivar a
adesão ao plano, a ideia é que a empresa ofereça uma espécie de “salário
demissão”. Os funcionários que quiserem sair vão receber uma parcela do salário
por oito anos.
O percentual ainda não está fechado, mas a expectativa é que
fique em torno de 35% para a adesão dos funcionários mais velhos: a partir de
58 anos. A partir daí, o o valor iria caindo.
BB e Caixa
A Caixa Econômica Federal anunciou que vai lançar um PDV com
previsão de economizar até R$ 1,5 bilhão por ano, a partir de 2018. A ideia do
banco é desligar pelo menos 10 mil funcionários em todo país, ou pelo menos 10%
do total de empregados do quadro.
O plano será oferecido a todos os funcionários do banco, e não
somente aos que já puderem se aposentar.
No ano passado, o BB conseguiu a adesão de 9,4 mil funcionários
ao plano de aposentadoria incentivada que ofereceu a 18 mil servidores.
O banco também anunciou o fechamento de agências em todo o país.
Jornal O DIA
online.
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