A crise perto do fim: a economia começa a sair do fundo do poço.
A
atual recessão é a mais profunda já registrada no Brasil. A boa notícia é que
os sinais começam a apontar para a saída do fundo do poço.
Os números divulgados pelo IBGE nesta
semana atestam: o Brasil acaba de passar pela pior crise econômica de sua
história.
Desde o segundo trimestre de 2014,
quando a recessão oficialmente começou, o produto interno bruto (PIB, a soma
das mercadorias e serviços produzidos pelo país) encolheu 9%.
A economia voltou para patamares de
2010, ano da primeira eleição da ex-presidente Dilma Rousseff. Dilma e seu
ministro da Fazenda, Guido Mantega, acreditavam estar inventando a roda quando
criaram a “nova matriz econômica”, mas tal política só serviu para esgarçar as
finanças públicas e desorganizar a economia.
Em termos de profundidade, a recessão
de agora supera até mesmo a crise causada pelo descontrole da dívida externa,
ainda no fim do período militar, e também a crise da hiperinflação e do
sequestro da poupança, no governo Collor.
Reportagem publicada em VEJA desta
semana mostra que, finalmente, os números começam a mostrar uma luz no fim do
túnel. A produção industrial cresceu em janeiro, depois de 34 meses
consecutivos no vermelho. A safra de grãos será 22% maior que a do ano passado
– o campo, portanto, também fará sua parte.
Provavelmente chegamos ao fundo do
poço no final de 2016 e iniciamos uma escalada para a recuperação. Mas não será
uma saída rápida, tampouco vigorosa.
As reformas fiscais – principalmente
o reequilíbrio da Previdência – e as medidas de simplificação nas leis
tributárias e trabalhistas contarão muito para pavimentar o caminho de saída da
crise.
Por Bianca Alvarenga.
Revista VEJA online.
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