Por que gostamos tanto de chocolate?
Chocolate é uma delícia, ok, fato indiscutível. Mas, por que tantas
pessoas apreciam o doce e o consideram irresisitível? Por que é tão difícil
comer apenas um pedacinho?
Apenas por ser saboroso? Segundo a ciência, a explicação pode estar na
relação entre gorduras e carboidratos ao qual somos apresentados logo no início
da vida.
Feito a partir de grãos de cacau cultivados nas Américas há milhares de
anos, o chocolate precisa de um processo para perder o sabor amargo. Segundo a
BBC, os maias e astecas tomavam uma bebida chamada xocolatl, que significa água
amarga, pois os grãos da fruta são muito amargos. Por isso é preciso tirar a
casca grossa.
A polpa, conhecida como baba de cacau e de sabro doce, ácida e muito
pegajosa, com gosto entre limonada e fruta do conde, são fermentados por vários
dias, depois secos e torrados, e é aqui que reside a mágica.
A torragem faz com que a polpa e os grãos liberem compostos químicos
como o ácido 3-metil-butanoico e o dimetil trissulfeto, que nosso cérebro
adora.
Também faz parte da mágica do chocolate outros compostos químicos
psicoativos, como a anandamida, que estimulam o cérebro da mesma forma que a
cannabis, tiramina e feniletilamina, com efeitos semelhantes às anfetaminas, e
vestígios de teobromina e cafeína, conhecidos estimulantes.
O fato de o chocolate ter uma textura que derrete na boca também
estimula as sensações de prazer do cérebro, graças à adição de açúcar e gordura
(em uma barra ao leite, por exemplo, existem cerca de 20-25% de gordura e
40-45% de açúcar), em proporções que não existem na natureza normalmente.
Um dos raros exemplos de alta proporção de açúcar e gordura é o leite
materno humano, rico em lactose, e composto por cerca de 4% de gordura e 8% de
açúcar.
Alguns cientistas afirmam que o chocolate proporciona a mesma sensação
de prazer que o leite materno nos dá quando somos bebês, sendo assim um resgate
de lembranças antigas.
© iStock
Portal MSN.
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