Real Madrid e o sonho do pentacampeonato mundial.
Nenhum outro clube no mundo chega perto da marca incrível de
títulos europeus do Real Madrid. As 11 conquistas continentais do clube
espanhol colocam a equipe no lugar mais alto do planeta, com o apoio de alguns
dos maiores craques da história.
Quando falamos em Mundiais, a conta também é generosa com os
merengues. Foram quatro taças até o momento, desde a Copa Intercontinental até
o formato de hoje como Mundial de Clubes da Fifa. Se tudo correr como planejado,
o Real chegará aos cinco títulos no próximo domingo.
O favoritismo madridista é algo óbvio nas análises pré-decisão.
Mesmo que o roteiro esperado se cumpra com o Atlético Nacional na última
partida, é muito difícil esperar algo diferente de uma vitória tranquila para
os comandados de Zinedine Zidane.
Não era ele o comandante na conquista mundial de 2014, contra o
San Lorenzo, em Marrocos. Mas o francês parece já saber o caminho da glória,
por ter duas conquistas intercontinentais no currículo.
Zidane chegou à Juventus em 1996, no segundo semestre, logo após
o título europeu. No Mundial, disputado em Tóquio contra o River Plate, ele era
um dos titulares na vitória de 1-0 que deu à Juve seu segundo troféu, com 100%
de aproveitamento em Copa dos Campeões/Intercontinental. Zizou repetiria a dose
apenas em 2002, contra o Olímpia, pelo Real Madrid.
No cargo desde o início de 2016, o francês ainda pode completar
uma tríplice coroa em pouco tempo: a Liga dos Campeões, Supercopa Europeia e o
Mundial. Restaria só a Copa do Rei e o Campeonato Espanhol para um período
perfeito na carreira do craque, que está se descobrindo como um grande
treinador.
A última grande fase do Real foi sob o comando de Carlo
Ancelotti, que levantou a Copa do Rei, a Champions, a Supercopa Uefa e o
Mundial de Clubes, em 2014. Entretanto, o italiano foi demitido ao fim da
temporada 2014-15 por não ter sido campeão.
Zidane deve manter o ritmo e o time vai ampliar sua soma de
conquistas. Ele chegará ao seu terceiro título mundial (já que os outros dois
foram como jogador).
Para o Real Madrid, a quinta taça representa a supremacia, visto
que o Milan divide a liderança do grupo dos maiores campeões mundiais, com
quatro títulos (e quatro vices, o recorde ao lado do Independiente).
Vale lembrar que no ápice da equipe merengue, nos anos 1950 e
60, o torneio ainda não existia. Quatro dos cinco primeiros títulos do Real não
tiveram como consequência a disputa do Intercontinental, criado em 1960.
Naquela edição, vitória madridista contra o Peñarol.
Provavelmente os espanhóis teriam expandido seu domínio se
houvesse campeonato nos anos anteriores, já que ainda estava brilhando com
Puskas, Di Stefano, Gento e outras lendas madridistas daquela década.
Entretanto, como também não havia Libertadores, fica difícil projetar quem
seriam os possíveis adversários.
Existe um Atlético Nacional no meio do caminho da soberania
madridista em mundiais. E para muita gente ao redor do mundo, o campeão da
simpatia é o time colombiano, por tudo que fez após a tragédia da Chapecoense.
O título mundial, que obviamente seria uma zebra, serviria como
o último grande louro de uma equipe talhada para vencer. Entretanto, nos
preparemos para ver mais uma vez Cristiano Ronaldo e seus colegas no topo do
pódio. É este o curso natural das coisas em solo japonês neste fim de semana.
Por Felipe
Portes
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Brasil.
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