Entenda o comportamento dos gatos.
Pedir carinho
A maioria dos gatos gosta de receber carinho na cabeça porque
essa é a região em que frequentemente recebe as lambidas de amigos de sua
espécie – esse é um ritual de amizade e confiança entre eles.
Nos humanos, o ritual é substituído pelo cafuné. Pedir um
chamego é uma maneira de estreitar a relação com o dono.
Ronronar
O ronronar do gato é um mistério no estudo dos felinos. O som é
produzido por músculos que fazem vibrar as cordas vocais de uma maneira especial,
por diversas razões. Quando pequenos, os gatos ronronam no momento em que
mamam, e a mãe acompanha o ronronar, produzindo o mesmo som.
Em adultos, é um sinal emitido para os humanos quando querem
chamar a atenção. Tudo indica que o ronronar significa um pedido: para trazer
comida, continuar passando a mão em sua cabeça ou afastar algo que o amedronta.
Brincar
As brincadeiras servem para os gatos aprenderem a caçar e também
para se socializar com outros gatos.
No caso dos animais domésticos, que caçam muito menos do que os
selvagens, as brincadeiras entre eles se tornaram um modo de demonstrar
amizade. Para parar de brincar, eles dão um sinal: curvam as costas, empinam o
rabo e saem de cena.
Não gostar quando pegam em suas patas
O tato dos gatos, sentido que os ajuda em suas caçadas, é muito
sensível. Por esse motivo, os animais detestam quando alguém toca em suas
patas.
As almofadinhas das patas possuem receptores que indicam o que
está entre elas e as garras são equipadas com nervos que revelam o quanto foram
esticadas e qual a resistência que suportam.
Miar
Gatos livres raramente miam uns para os outros – exceto quando
estão brigando ou acasalando, atividades barulhentas. Os miados geralmente são
direcionados às pessoas, para chamar sua atenção e conseguirem o que querem.
Por isso, os gatos modulam seus miados de acordo com o
"pedido" ou miam geralmente nos mesmos lugares da casa: em frente à
porta quer dizer "me deixe sair"; no meio da cozinha, "me
alimente".
Ser dissimulado
Descendentes de uma espécie solitária e caçadora, o
comportamento dos gatos é talhado para competir, não para colaborar.
Com exceção de algumas semanas depois do nascimento, eles são
autossuficientes e, assim, não têm necessidade de demonstrar emoções para se
comunicar.
Como bons caçadores, preferem dissimular suas emoções e
manipular as atitudes do adversário. É por isso que, quando estão com medo,
eles ou se encolhem, tentando parecer menores do que são e fogem sem serem
notados, ou tentam parecer maiores, curvando as costas e levantando os pelos.
É a tentativa felina de manipular as emoções do oponente.
A cauda levantada na vertical parece ser um sinal que demonstra
a boa intenção de um gato para o outro.
Essa demonstração, comum nos filhotes quando se aproximam da
mãe, evoluiu durante a domesticação e, hoje, quando um gato levanta sua cauda e
outro gato corresponde com o mesmo sinal, os dois se aproximam e se esfregam
uns nos outros, demonstrando que são amigos.
A cauda levantada é o sinal mais claro da afeição de um gato por
um humano.
Trata-se de um dos sinais táteis com o qual um gato comunica sua
amizade. Quando um gato esfrega seu corpo em outro ele reafirma a confiança
entre eles. Nas pernas do dono, ele declara sua afeição.
Normalmente, primeiro ele levanta a cauda e depois fricciona seu
corpo, seja em outro gato, seja nas pernas dos humanos.
Depositar animais mortos no chão é uma atitude remanescente do
instinto caçador felino. Depois de caçar, ele simplesmente traz a presa para
casa.
"Quando o gato chega em casa, no entanto, lembra-se de que
os ratos não são tão gostosos quanto a comida que seu dono lhe dá – e abandona
a presa, para a revolta do proprietário", afirma Bradshaw.
O autor desmente a ideia de que os gatos trazem a presa para nos
alimentar, como as mães-gatos fazem com os filhotes. Os gatos nos enxergam,
provavelmente, como gatos grandes: um pouco como suas mães, um pouco como um
gato superior.
Gatos são animais territoriais e solitários. Depois de adultos,
eles geralmente se dão mal com outros gatos – exceto os membros de sua família,
que conhecem quando filhotes.
Por isso, quando dois adultos são colocados na mesma casa,
separam suas áreas e costumam brigar.
A melhor maneira é dividir os locais onde comem e dormem. Mesmo
assim, se houver gatos mais velhos na vizinhança, os mais novos costumam ficar
amedrontados e estressados – e isso pode fazê-los adoecer e morrer.
Os gatos têm um estilo de caçada que leva sua capacidade física
ao limite. Costumam esperar pela presa e, quando ela aparece, atacam com
ímpeto, usando todo o potencial de sua visão, audição, olfato e músculos.
Depois de tanto esforço, precisam de um longo período de
descanso. Gatos dormem em média 18 horas por dia: é o tempo necessário para
recarregar todas as energias.
Revista VEJA
online.
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