Conheça os métodos
contraceptivos além da pílula
Quando se pensa em
contraceptivos, o anticoncepcional é um dos principais métodos que vêm à nossa
cabeça. Contudo, a popularização dos efeitos colaterais da pílula e a busca por
uma vida com menos hormônios têm levado muitas mulheres a buscarem outras alternativas
para evitar a gravidez, algumas delas dos tempos da “vovó”.
Entre as opções no mercado
estão as já tradicionais camisinhas masculinas e femininas (que, vale lembrar,
também evitam doenças sexualmente transmissíveis), o diafragma, o DIU
(dispositivo intrauterino) de cobre ou Mirena.
Há, ainda, métodos definitivos
como a laqueadura e vasectomia.
DIU
Há dois tipos de DIU, que nada
mais é do que um pequeno aparelho flexível colocado dentro do útero: os que
contém cobre em sua composição e o Mirena, que contém hormônios (progesterona
ou levonorgestrel).
O Mirena dura cinco anos e
durante seu uso a paciente geralmente não menstrua ou tem um fluxo bem
reduzido. Já o DIU de cobre dura entre cinco e 10 anos e a mulher continua
menstruando, podendo apresentar aumento do fluxo menstrual e cólicas.
De acordo com a Dra. Adriana
Bittencourt Campaner, chefe do setor de Patologia Genital Inferior e
Colposcopia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, não
são todas as mulheres que podem recorrer ao DIU.
“A contraindicação para o uso
do DIU acontece em pacientes com as seguintes condições: gravidez confirmada ou
suspeita, inflamação do colo do útero, sangramento genital de natureza
desconhecida, infecção pós-parto ou pós-aborto, doença inflamatória pélvica
atual ou recente, tuberculose pélvica, câncer genital ou pélvico e ainda para
aquelas que possuem alguma alteração anatômica do útero”, explica.
Diafragma
Segundo a ginecologista, o uso
do diafragma, cuja eficácia supera os 90%, tem caído entre as brasileiras por
conta dos cuidados que o método exige.
“É recomendável que o mesmo
seja usado em associação a um creme ou geleia espermicida, para aumentar a eficácia
contraceptiva”, afirma.
O uso do diafragma ainda requer
uma medição vaginal, realizada por um médico e um treinamento por parte da
paciente em como colocá-lo e retirá-lo. Após inserir o diafragma, também é
necessário fazer um autoexame para conferir se o mesmo está corretamente
posicionado.
Tabelinha
Há também os métodos
comportamentais para prevenção da gravidez – o mais popular é o Ogino-Knaus,
também conhecido como tabelinha, quando evita-se relações sexuais durante o seu
período fértil.
“Esse método não apresenta
elevada eficácia. Para melhorá-lo, pode-se associar a outros métodos
comportamentais, como o sintotérmico (análise da temperatura corporal basal -
que é a temperatura de logo depois da pessoa acordar -, com observação do
surgimento de secreções cervicais e outros sinais de fertilidade)”, analisa a
dra. Adriana.
Fugir do excesso de hormônios
foi um dos motivos que levaram a jornalista Tainah Fernandes, 27 anos, a trocar
a pílula pelo Mirena. “Não queria mais ingerir a dose absurda de hormônios que
tem em um anticoncepcional.
Além do mais, não tenho efeito
colateral com o DIU e como moro na praia é maravilhoso não menstruar. Minha TPM
está muito mais controlada e minhas celulites diminuíram 90%”, conta.
Outras mulheres, no entanto,
preferem os métodos de barreira. É o caso da bióloga Fernanda Maria Franzin, 35
anos. “Parei de usar pílula por uma concepção pessoal de querer ter um controle
natural sobre o meu corpo e o meu ciclo.
O método que uso hoje é a
camisinha, que além da gravidez previne também as doenças sexualmente
transmissíveis”, revela.
“Nunca tomei anticoncepcional porque tenho um cisto
no seio e a pílula pode aumentar as chances de câncer. Uso preservativo e mesmo
não me sentindo 100% segura com ele, é a melhor opção para mim por questões de
saúde”, conta a musicista Ana Maria Gaigalas Mesquita, de 31 anos.
Vale lembrar que a escolha do
melhor método contraceptivo sempre deve ser conversada com o ginecologista.
“Para cada método existem contraindicações determinadas pela Organização
Mundial de Saúde (OMS).
As objeções são definidas pelo
conjunto de características e histórico da paciente, que indicam se aquela
pessoa pode ou não utilizar determinado método”, explica a dra. Adriana.
Por
Fabiana Bertagnolli. (Foto: Getty Images)
Site Yahoo Brasil.
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