Solidão aumenta o risco de reincidência de câncer de mama.
De acordo com estudo americano os médicos devem considerar a
vida social da paciente no tratamento da doença.
De acordo comum novo estudo, mulheres solitárias que
sobreviveram a um tumor de mama são 40% mais propensas a verem o tumor voltar e
correm um risco 60% maior de morte em decorrência da doença, em comparação com
as que são ativas socialmente. (iStock/Getty Images)
A solidão aumenta o risco de morte por reincidência de câncer de
mama. De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico
Cancer, mulheres solitárias que sobreviveram a um tumor de mama são 60% mais
propensas a morrer por recidiva da doença do que aquelas que são mais ativas
socialmente.
Pesquisadores da Divisão de Pesquisa Kaiser Permanente na
Califórnia, nos Estados Unidos, alisaram acompanharam 9.267 mulheres com câncer de mama durante
cerca de 10 anos após o diagnóstico da doença.
Nesse período houve 1.448 recorrências do tumor e 1.521 mortes,
da quais 990 foram causadas pela doença.
Os resultados mostraram que houve uma probabilidade total de 16%
de retorno da doença e um risco de 11% de morte por câncer de mama, mas aqueles
com vida social estagnada corriam um risco visivelmente maior.
Além do aumento no risco de morte, mulheres socialmente isoladas
tinham uma probabilidade 40% maior da condição retornar.
Por outro lado, ter um cônjuge, engajamento com parentes e
amigos e participação na comunidade ou atividade religiosa desempenharam um
papel importante na previsão da sobrevivência a longo prazo de uma pessoa.
Pesquisas anteriores já haviam identificado uma ligação entre
baixos níveis de interação social e um maior risco de mortalidade geral.
Para Candyce Kroenke, líder do estudo, os resultados “confirmam
a influência geralmente benéfica dos laços sociais na recorrência e mortalidade
do câncer de mama; no entanto, eles também apontam para complexidade, já que
nem todos os laços sociais são benéficos e não em todas as mulheres”.
Por exemplo, algumas pacientes classificadas como socialmente
isoladas incluíram algumas mulheres que eram casados mas que não viam muitos
amigos.
Segundo ela, a partir de agora, antes de fazer um prognóstico
sobre a doença, o ideal é os médicos considerarem a vida social da paciente.
Revista VEJA
online.
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