É possível escolher o sexo do bebê? Especialistas explicam.
Houve uma época em que quase tudo que envolvia o seu bebê era uma surpresa, pelo menos até que você o conhecesse na sala de parto.
Agora, segundo Robin Elise Weiss, autora do livro ‘Guarantee the Sex of Your Baby’ (‘Escolha o sexo do seu bebê’, em tradução livre), você pode escolher o sexo do seu filho, e há algumas maneiras de fazer isso.
Provavelmente você já leu nas profundezas obscuras da Internet que colocar uma colher embaixo da cama durante a relação sexual significa que você terá uma menina, ou que tentar engravidar em uma noite de lua cheia resultará em um menino. Nada disso é verdade.
Estes são mitos de fóruns de mensagens baseados no folclore popular e em ciências duvidosas, de acordo com Weiss. É claro que não há garantias, mas existem algumas opções que, embora não sejam 100% confiáveis, são mais sólidas do que fazer uma dança do acasalamento na sala de casa.
Fertilização in vitro
O único método verdadeiramente garantido de escolher o sexo do seu bebê é por meio da fertilização in vitro (FIV).
É o que afirma Elizabeth Kennard, médica e diretora da divisão de Reprodução, Endocrinologia e Infertilidade do Centro Médico Wexner da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos.
Você pode pensar na FIV apenas no contexto da infertilidade, mas algumas mulheres escolhem fazê-la por motivos relacionados ao “equilíbrio familiar”.
O processo da FIV funciona da seguinte maneira: você começa tomando medicamentos para fertilidade que fazem com que seus ovários produzam vários óvulos (em condições normais, apenas um óvulo costuma ser liberado durante a ovulação).
Em seguida, os óvulos são removidos do seu corpo com uma agulha fina. Eles são, então, fertilizados com esperma em uma placa de Petri, e reinseridos no útero. O médico saberá quais cromossomos cada óvulo contém, então é possível implantar os de um sexo específico.
Método Ericsson
Este método envolve separar o esperma masculino do feminino. Como exatamente você faz isso? Uma amostra de esperma é colocada em um fluido grosso.
Como os espermatozoides masculinos nadam mais rápido do que os femininos, você pode separar os bons nadadores dos mais lentos.
Em seguida, é feita uma inseminação com os espermatozoides do sexo de sua escolha. É uma possibilidade menos invasiva do que a FIV, mas ainda custa dinheiro (os preços variam dependendo de onde você mora), e nem todos os locais têm clínicas que fazem o procedimento.
Os defensores do método alegam que seu índice de sucesso é de 70%, mas nem todos os especialistas em fertilidade concordam, já que muitos são céticos em relação a metodologias diferentes da FIV.
Método Shettles
Segundo Weiss, este método leva em conta o momento em que ocorre a relação sexual. “A teoria é de que os espermatozoides X e Y nadam em velocidades diferentes,” ela diz. (Novamente, acredita-se que os espermatozoides masculinos sejam mais rápidos do que os femininos).
“Então, se a relação sexual ocorre perto do momento da ovulação, o espermatozoide tem que nadar mais para encontrar o óvulo – isso beneficia os mais rápidos”. O resultado? Você tem uma chance maior de ter um menino.
Se você quisesse ter uma menina, deveria programar a relação sexual para um momento não tão próximo da ovulação.
O segundo componente deste plano é usar a sua dieta para alterar os níveis de pH do seu corpo. Acredita-se que os espermatozoides femininos possam sobreviver em um ambiente ácido por mais tempo do que os masculinos.
Então, se você quiser aumentar suas chances de ter uma menina, deve ingerir mais alimentos ácidos. Caso queira um menino, a recomendação é consumir mais alimentos alcalinos.
Os defensores afirmam que esta abordagem tem um índice de sucesso de 80% para a concepção de meninos, e um percentual um pouco menor no caso das meninas.
Apesar disso, nem todos os especialistas em fertilidade concordam, e muitos alegam que não se trata de algo muito eficaz.
Sim, é possível – mas será que você deve fazer isso?
Um grande estigma rodeia os bebês “projetados”, mas a verdade é que esta decisão cabe apenas a você. “Assumir o controle do processo pode ser muito empoderador quando o método funciona,” Weiss diz.
Você consegue uma espécie de vitória no mundo da paternidade antes mesmo da chegada do bebê.
No entanto, Kennard lembra que a FIV é um procedimento caro e invasivo que tem seus riscos, mesmo que sejam pequenos. “Nós fazemos o procedimento quando solicitado, mas prefiro reservar tratamentos médicos complicados e caros para a prevenção de defeitos de nascença e doenças, ou para ajudar casais que, de outra maneira, não poderiam ter um filho biológico”.
O processo também pode ser emocionalmente difícil. “Se o seu parceiro não concorda com a ideia, isso pode causar frustrações entre os dois,” Weiss ressalta. Obviamente, se o método escolhido não funcionar, o resultado pode ser decepcionante.
“Eu sempre tento aconselhar os casais e digo que ter um bebê do sexo que você quer é a cobertura do bolo,” ela diz. “Não há um sexo ‘errado’”.
Andrea Stanley.
Site Yahoo Brasil.

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