Dilma é a Brasileira do Ano.
E lutou por isso como ninguém. Ela vem de uma geração que se formou acalentando sonhos coletivos.
Para jovens que tiveram uma trajetória semelhante à dela, colocar interesses e problemas individuais à frente dos projetos políticos era quase uma ofensa. Naquela turma, os chamados “desvios pequeno-burgueses” equivaliam aos pecados veniais.
A desistência ao apostolado do combate à ditadura, ao pecado mortal. A felicidade final não estava nos céus, mas na ponta de um destino – o mundo mais justo.
A violência dos anos do regime militar e as trapaças naturais do tempo trataram, aos poucos, de rebaixar ambições. Dilma não escapou disto. Houve um curto e pouco conhecido período de sua vida em que imaginar um ano como 2010 seria pura insanidade. Foi a fase menos pública de Dilma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário