PARTES DO PROCESSO DO MENSALÃO
“Tenho medo de Vossa Excelência. Porque Vossa Excelência provoca em mim os instintos mais primitivos. E Tenho medo das conseqüências '' ROBERTO JEFFERSON, deputado do PTB se referindo na época ao José Dirceu.
O problema é confirmar que o dinheiro chegou a Duda. O publicitário diz que recebeu R$ 500 mil - e não R$ 15,5 milhões - para pagar dívidas do diretório nacional do PT.
Duda acusa Valério de ter inventado a história para 'fechar as contas' de seu caixa dois. 'Não recebi dinheiro de caixa dois na campanha do Lula. Vou apresentar todos os meus recibos de campanha. Se o PT me pagou com dinheiro por fora, ele que se explique.'
Valério, o homem do dinheiro por fora, apresentou à Procuradoria uma penca de documentos que envolvem Duda Mendonça. Dois deles comprovam os saques de R$ 500 mil admitidos por Duda. Os outros sugerem que a conta pode ser maior.
Um dos documentos entregues é a cópia de um cheque da SMP&B, uma das empresas de Valério. O cheque, nominal à própria empresa, tem o valor de R$ 300 mil, mas uma anotação manuscrita registra 'Zilmar - 6 milhões'. Coincidência ou não, ele faz parte de um lote de 20 cheques, todos no mesmo valor. A soma é de redondos R$ 6 milhões.
Embora os cheques tenham numeração seqüencial, foram sacados aos poucos, entre 24 de fevereiro e 16 de abril de 2003. Só Marcos Valério pode dizer quem os embolsou.
Os outros três saques atribuídos a Duda na documentação passada por Valério foram feitos por laranjas. Os policiais civis Wagner Gleisson Barbosa, João Luiz de Lima Mathias e Francisco de Assis Novaes Santos fizeram saques para a SMP&B e devolveram o dinheiro vivo à agência de Marcos Valério.
'' Não é possível que as coisas sejam assim. O deputado Roberto Jefferson vem aqui, diz uma mentira deslavada, e eu viro acusado ''
JOSÉ DIRCEU, deputado do PT
Revista ÉPOCA.
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