ANTÔNIO PALOCCI MULTIPLICOU O SEU PATRIMÔNIO PESSOAL POR 20 EM APENAS QUATRO ANOS.
O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, multiplicou por 20 seu patrimônio pessoal em quatro anos. De acordo com reportagem publicada hoje no jornal Folha de S. Paulo, Palocci comprou um apartamento de luxo na capital paulista em novembro de 2010 por 6,6 milhões de reais.
No ano anterior, o ministro já havia adquirido um escritório em São Paulo por 882 mil reais. O valor dessas aquisições, quase 7,5 milhões de reais, é 20 vezes maior que o patrimônio declarado pelo petista nas eleições de 2006.
A evolução do patrimônio do ministro aconteceu durante o período em que ele esteve na Câmara dos Deputados. Em 2006, época em que Palocci se elegeu deputado federal, seu patrimônio declarado era de 375 mil reais.
Este valor correspondia a uma casa em Ribeirão Preto, um terreno e três carros. Nos quatro anos em que exerceu mandato de deputado, Palocci recebeu 974 mil reais brutos em salário. A quantia é insuficiente para pagar os imóveis adquiridos. Documentos apresentados pela Folha revelam ambos foram quitados.
Palocci afirmou à reportagem da Folha que os dois imóveis estão registrados em nome da empresa Projeto Administração de Imóveis, da qual ele é dono. Palocci afirma que os bens foram comprados com recursos que a companhia recebeu no período em que atuou como uma consultoria.
Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, ele também informou ter declarado os bens adquiridos à Comissão de Ética Pública da Presidência da República.
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UM APARTAMENTO DE R$ SETE MILHÕES
Antonio Palocci é realmente um cara muito especial. Além de principal ministro do governo Dilma, é amado pela esquerda, pelo centro, pela direita e vê-se agora que é também um gênio das finanças. Comprar um apartamento de quase R$ 7 milhões à vista, ou praticamente à vista, não é para qualquer um, não...
Em 2006, apenas cinco anos atrás, Palocci declarou à Justiça Eleitoral que tinha uma casa de R$ 56 mil em Ribeirão Preto, onde fora prefeito junto com aquela turma da pesada que ele e o amigo, depois ex-amigo e agora amigo novamente Rogério Buratti lideravam.
Além disso, tinha um terreno e três carros, entre outros bens, num total de R$ 375 mil. Convenhamos que, nesse tempo, o patrimônio se multiplicou que foi uma beleza.
De classe média, o homem pulou para a categoria dos ricaços --aquela que, aliás, tanto o apoia. Ele, enfim, está em casa. Ou melhor, no seu apartamento...
Palocci também aprende rápido. Como viu a dor de cabeça que dá ter uma casa esquisitona em Brasília, desta vez preferiu comprar um apartamentão em São Paulo, cidade muitas vezes maior, mais diluída, mais anônima, sem nenhum caseiro abelhudo para dar com a língua nos dentes.
O azar do é que esses repórteres da Folha são mesmo de amargar. Os craques Andreza Matais e José Ernesto Credendio estavam de olho, puxaram o fio da meada e entregaram o novelo na edição da Folha deste domingo. Imperdível.
Eliane Cantanhêde é colunista da Folha, desde 1997, e comenta governos, política interna e externa, defesa, área social e comportamento. Foi colunista do Jornal do Brasil e do Estado de S. Paulo, além de diretora de redação das sucursais de O Globo, Gazeta Mercantil e da própria Folha em Brasília.
E-mail: elianec@uol.com.br

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