QUASE 65% DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS ESTÃO ENDIVIDADAS.
Os índices de famílias com contas em atraso e de quem não terá condições de pagá-las estão no maior patamar observado entre janeiro e maio deste ano.
Os índices de famílias com contas em atraso e de quem não terá condições de pagá-las estão no maior patamar observado entre janeiro e maio deste ano.
Porcentual de famílias que dizem não ter condições de pagar suas dívidas voltou a subir(George Doyle/Stockbyte)
O aumento no porcentual de famílias endividadas ocorreu em todas as faixas de renda, mas foi mais acentuada naquelas com ganhos superiores a dez salários mínimos
O porcentual das famílias que declararam ter dívidas aumentou para 64,2% em maio, ante 62,6% em abril, informou nesta quarta-feira a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), responsável pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Apesar da elevação do custo do crédito no país, decorrente da trajetória de alta das taxas de juros, mais famílias contraíram dívidas no mês.
Ainda na comparação com abril, o porcentual de famílias com dívidas ou contas em atraso também cresceu neste mês, passando de 23,4% para 24,4%. O resultado, no entanto, ficou abaixo dos 25,1% registrados em maio de 2010.
Já o porcentual que declarou não ter condições de pagar suas contas ou dívidas voltou a subir, após queda expressiva no mês passado, alcançando 8,6% do total de famílias.
Ambos os indicadores – de famílias com contas em atraso e de quem não terá condições de pagá-las – estão no maior patamar observado entre janeiro e maio deste ano.
O aumento no porcentual de famílias endividadas ocorreu em todas as faixas de renda, mas foi mais acentuada naquelas com ganhos superiores a dez salários mínimos (de 52,9% para 57,7% de abril para maio).
Para a faixa de menor renda, o indicador avançou de 25,2% para 26,1%. Na faixa de maior renda, por sua vez, o porcentual subiu de 13,3% para 14,4%.
A percepção em relação ao nível de endividamento das famílias brasileiras segue em deterioração. O porcentual de famílias que se consideram muito endividadas alcançou 17,5%, o que indica uma elevação ante a taxa de 15,7% de abril de 2011 e ao porcentual de 13,7% de maio de 2010.
Na comparação anual, a parcela que declarou estar mais ou menos endividada passou de 21,3% para 22,7% e a parcela pouco endividada alcançou 23,9% do total dos endividados contra 23,7% em maio de 2010.
Para 71,8% das famílias endividadas, o cartão de crédito foi apontado como um de seus principais tipos de dívida, seguido por carnês (20,7%) e crédito pessoal (12,4%).
Revista VEJA online
(com Agência Estado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário