BOMBEIROS CONSEGUEM APOIO DOS SERVIDORES DA EDUCAÇÃO, SAÚDE, AGENTES PENITENCIÁRIOS, PETROLEIROS E PM: PARA CONSEGUIREM ANISTIA ADMINISTRATIVA E CRIMINAL.
Servidores de diversas categoria do funcionalismo público estadual do Rio participam da passeata promovida pelos bombeiros na manhã deste domingo na orla da praia de Copacabana. Entre as categorias representadas estão professores, profissionais da área de saúde, agentes penitenciários e petroleiros.
"Viemos aqui para dar nossa solidariedade aos bombeiros e tentar obter visibilidade porque o governador parece que não nos enxerga", disse o professor de matemática Samuel Silva, de São João do Meriti, na Baixada Fluminense.
Os professores estaduais estão em greve desde quarta-feira (8). As principais reivindicações são um reajuste emergencial de 26% nos salários e a incorporação imediata de gratificações do programa Nova Escola --que estavam sendo integradas gradualmente aos salários, com previsão de término em 2015.
O piso da categoria é de R$ 765 para os professores em início de carreira, com carga semanal de 16 horas.
Segundo estimativa da Polícia Militar, 5.000 pessoas participam do protesto, que interdita as duas pistas da avenida Atlântica. Os organizadores, entretanto, estimam que esse número seja muito maior.
Os manifestante colocaram 439 balões vermelhos com cruz branca na praia. A passeata teve início com a liberação dos balões simbolizando a soltura dos que estavam detidos. O grupo se reuniu em frente ao hotel Copacabana Palace e seguiu por toda Avenida Atlântica até o posto 6.
Na saída em passeata, o grupo cantava 'Eu sou bombeiro, com muito orgulho, com muito amor'. Ontem, representantes da categoria chegaram a convidar o governador Sérgio Cabral (PMDB) e o comandante da corporação e secretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Simões, a participarem da manifestação.
Também está sendo feito neste domingo um abaixo-assinado defendendo a anistia administrativa e criminal do grupo. Na terça-feira (7), o deputado federal Alessandro Molon (PT) entregou um projeto de lei para favorecer a categoria.
GOVERNADOR
O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), está perdendo a batalha da opinião pública para o Corpo de Bombeiros. Os sinais de apoio aos bombeiros e de reprovação a Cabral se espalham das ruas às redes sociais.
Na internet, ele chegou a ser chamado de Sérgio Gaddafi, em referência ao ditador líbio. Também foi comparado o salário dos bombeiros para "salvar vidas" ao dado ao governador para "ferrar com nossa vida".
Nas ruas, os bombeiros fizeram das fitas vermelhas símbolo de apoio em antenas e retrovisores de carros.
Folha online. DENISE MENCHEN
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