HACKERS ATACAM SITES DA PRESIDÊNCIA, DO GOVERNO BRASILEIRO E DA PETROBRAS.
RIO - O grupo Lulz Security, após se unir ao coletivo de "hackativismo" Anonymous, ganhou uma filial brasileira, a Lulz Security Brazil. A nova equipe hacker forçou a mais recente ofensiva contra o site da Petrobras ( www.petrobras.com.br ), às 13h15min da tarde desta quarta-feira. A página ficou fora do ar por cerca de 25 minutos, voltando às 13h 40 min. Na sequência do ataque, o grupo tuitou:
"Acorda Brasil! Não queremos mais comprar combustível a R$2,75 e a R$2,98 e exportar a menos da metade do preço! Acorda Dilma!", protestaram.
Durante a madrugada, o mesmo grupo atacou sites da Presidência da República ( www.presidencia.gov.br ), da Receita Federal ( www.receita.fazenda.gov.br ) e do Portal Brasil ( www.brasil.gov.br ), mas não conseguiu acessar bancos de dados, segundo informações do Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados).
O grupo prometeu uma nova rodada de ataques na tarde desta quarta-feira. No Twitter, o perfil brasileiro @LulzSecBrazil diz que os ataques são em protesto contra a corrupção e prometem dar dor de cabeça aos representantes do governo.
"Por longos anos, o nosso governo corrupto vem nos roubando. Chegou a hora do contra-ataque", diz o post que traz também a hashtag #AntiSec utilizada para marcar os tuítes sobre as ofensivas hackers do
A ofensiva durante a madrugada contra o governo brasileiro foi bloqueada nos primeiros minutos do ataque. "Temos uma equipe de segurança que fica de plantão para qualquer emergência. Não houve acessos aos bancos de dados, nem danos aos sistemas e a suas informações", disse a assessoria do Serpro.
O órgão desenvolve sistemas estruturais para diversos setores do governo federal, como o ReceitaNet (sistema desenvolvido para envio das declarações de Imposto de Renda) e o Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal), ambos processam dados considerados sigilosos.
Os hackers, segundo o Serpro, congestionaram o acesso a esses sites usando o método DDos, ataque de negação de serviço, (em inglês, Denial of Service) por um sistema de robôs. Horas antes, membros do grupo recrutavam hackers brasileiros para fazer parte de uma "jangada" contra governos corruptos.
"Nossa causa é apenas derrubar sites ligados ao governo", dizia um post no perfil @LulzSecBrazil no Twitter.
Entre 0h 30min e 3h as páginas ficaram fora do ar, mas entre 0h 40min e 1h 40min houve maior concentração dos ataques e o sistema ficou congestionado.
- Isso já ocorreu outras vezes, não chega a ser uma novidade. Mas eles não conseguiram ter acesso a nenhuma informação desses sites. Eu não conheço esse grupo de hackers - disse à Reuters o diretor-superintendente do Serpro, Gilberto Paganotto.
O Blog do Planalto, que divulgou nota na manhã desta quarta-feira sobre os ataques e mantém notícias sobre o dia a dia da Presidência, não foi atacado. O veículo afirma que "o sistema de segurança do Serpro bloqueou toda a ação dos hackers".
O autor dos ataques é o mesmo que, no início do ano, atacou o site da Presidência da República ( www.presidencia.gov.br ), que ficou fora do ar, um dia após a cerimônia de posse da presidente Dilma Rousseff, no dia 2 de janeiro. A página permaneceu inacessível por mais de cinco horas.
JORNAL O GLOBO ONLINE. Melissa Cruz


Nenhum comentário:

Postar um comentário