FMI FAZ NOVO ALERTA SOBRE CRISE AMERICANA.
Em meio a disputas entre democratas e republicanos, fundo pede urgência para evitar e moratória e contágio de toda a economia mundial
Em meio a uma dura batalha entre políticos democratas e republicanos sobre a ampliação do teto da dívida americana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) emitiu um alerta nesta segunda-feira (25) afirmando que o não aumento do teto teria "amplos e negativos" efeitos em outras nações. Diante deste quadro, o FMI pediu que os EUA solucionassem o problema com urgência.
"O teto da dívida federal deveria subir rapidamente para evitar um grave impacto na economia americana e nos mercados mundiais", afirmou o organismo em seu relatório anual sobre a economia dos Estados Unidos.
As conclusões do estudo chegam em meio a tensas negociações entre republicanos e democratas para aumentar o teto da dívida de US$ 14,29 trilhões antes da data limite de 2 de agosto para evitar que os EUA tenham que declarar moratória.
Rodrigo Valdés, assessor do Departamento para o Hemisfério Ocidental do FMI, alertou que um potencial rebaixamento da qualificação da dívida americana seria "muito negativo" tanto dentro quanto fora dos EUA.
"Há muita incerteza. Ninguém sabe realmente quais seriam as verdadeiras consequências", disse Valdés. As principais agências de classificação de risco disseram na semana passada estar considerando um rebaixamento da nota do país. Se esse passo for concretizado, poderia provocar a queda dos mercados globais.
O conselho executivo do FMI também concordou que "a adoção de uma trajetória sustentável para a dívida pública é crítica para a estabilidade da economia americana". Segundo as projeções do organismo, a dívida pública alcançará este ano 99% do Produto Interno Bruto (PIB) americano e aumentará para 103% em 2012.
O FMI prevê que os EUA crescerão 2,5% neste ano e 2,7% em 2012 e 2013. A taxa de crescimento antecipado para 2014 e 2015 é de 2,9%. O organismo antecipou ainda que a taxa de desemprego deve alcançar 8,9% neste ano e que deve se situar em 8,4% em 2012 para começar a cair progressivamente a partir de então.
Redação ÉPOCA, com Agência EFE. JL.

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