PALEONTOLOGIA.
Equipe encontra esqueleto quase completo de ave de 780.000 anos na Austrália. Ossos podem ter pertencido a uma 'Aquila audax', maior e mais comum ave de rapina moderna do país.
Esqueleto quase completo será analisado na Universidade Flinders para determinar a que espécie animal pertenceu (Reprodução). Pesquisadores do Museu da Austrália Ocidental e da Universidade Flinders, na Austrália, descobriram restos fossilizados de um pássaro pré-histórico, possivelmente uma águia, em uma caverna da planície de Nullarbor, no sul da Austrália. O animal viveu na região há mais de 780.000 anos.
De acordo com o paleontólogo Gavin Prideaux, da Universidade Flinders, o esqueleto está praticamente completo. No mesmo local, uma caverna conhecida como Leaena´s Breath, foram encontradas outras dezenas de ossos de pássaros.
A descoberta surpreende porque, antes, os pesquisadores tinham encontrado apenas fósseis parciais de águia no local.
O fóssil será levado até a universidade australiana para que os pesquisadores possam se certificar que o espécime era, de fato, uma águia.
Além disso, a equipe deseja saber se os restos pertenceram a uma espécie semelhante às modernas ou não. Ao que tudo indica, trata-se de um antepassado da Aquila audax moderna – a maior e mais comum ave de rapina australiana, com até 1,20 metro de comprimento e envergadura chegando a 2,80 metros.
Armadilha para pássaros – A Leaena´s Breath foi descoberta em 2002 junto a outras duas cavernas, Flightstar e Last Tree Cave. Há mais de 750.000 anos, a gruta tinha uma pequena abertura que funcionava como uma espécie de armadilha: animais que caiam ali tinham dificuldade para escapar.
Em função das condições do local – baixa umidade, temperatura amena e ambiente estável - os ossos foram muito bem preservados ao longo dos anos. É, por este motivo, um dos locais mais interessantes para paleontólogos na Austrália.
Desde que começaram a explorar o local, pesquisadores já encontraram diversos fósseis, entre eles um esqueleto completo de leão marsupial extinto há 50.000 anos.
Revista VEJA online. Thinkstock
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