Caso Juan:
Justiça decreta prisão de PMs envolvidos na morte do menino Juan Moraes, morto em operação na comunidade Danon, na Baixada.
O juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, decretou, nesta sexta-feira, as prisões preventivas dos PMs Isaías Souza do Carmo, Edilberto Barros do Nascimento, Ubirani Soares e Rubens Silva.
O quarteto, cuja prisão temporária venceria no domingo, foi denunciado pelo Ministério Público pelos assassinatos do menino Juan Moraes Neves, de 11 anos, e de Igor de Souza Afonso.
Os dois morreram durante uma incursão da PM, na noite do dia 20 de junho, ao bairro do Danon, em Nova Iguaçu. Também foram baleados, na mesma ocasião, um irmão de Juan, de 14, e um jovem de 19. Este último chegou a ficar preso por dez dias, sob a acusação de estar armado com uma pistola. Outra arma, deste mesmo tipo, foi encontrada com Igor.
Segundo o MP, para forjar um tiroteio, os policiais teriam feito disparos de pistola, cinco minutos após terem disparado cerca de 30 tiros de fuzil. De acordo com a investigação do Delegado Ricardo Barboza, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense, mesmo não tendo ocorrido confronto com traficantes, os PMs registraram o caso, na 56ª DP (Comendador Soares), como auto de resistência .
Na denúncia apresentada à Justiça, as promotoras Adriana Lucas Medeiros e Júlia Costa Silva Jardim determinaram que cópias da investigação fossem remetidas à Corregedoria Geral Unificada (CGU). O objetivo é que a CGU verifique a conduta do delegado Cláudio Nascimento, que estava à frente da 56ª DP na época dos fatos.
Segundo o MP, ele teria deixado de tomar providências para preservar o local do crime, além de ter demorado alguns dias para instaurar procedimento a fim de tentar localizar Juan.
O EXTRA tentou falar, nesta sexta-feira à noite, com o delegado, mas o aparelho de telefone celular do ex-titular da 56ª DP estava desligado.
Responsável pela defesa de um dos quatro PMs, a Defensoria Pública disse que só irá se pronunciar sobre o caso após ter tido acesso à decisão que concedeu a prisão preventiva dos quatro PMs.
O advogado Edson Ferreira, que defende outros três acusados, disse irá se posicionar no decorrer da semana, para anunciar a medida jurídica que irá tomar.
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Jornal EXTRA online. Marcos Nunes.  Foto: Cléber Júnior / Agência O Globo

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