Cobranças do chefe podem se transformar em duelo na empresa. Excesso de intimidade pode ser fator negativo na hora da avaliação.
Rio - Quem nunca sofreu com um chefe? Com toda certeza a maioria dos trabalhadores quase que diariamente têm de enfrentar a pressão exercida por quem comanda uma equipe ou empresa. Cobrança na entrega de projetos, trabalho perfeito, comportamento são alguns dos itens que fatalmente irão gerar estresse.
O tema já virou até roteiro de filme, como em Quero Matar Meu Chefe, lançado recentemente, que conta a história três amigos cansados de sofrer com os respectivos chefes e decidem contratar um matador de aluguel para se livrar do problema.
Não foi o caso do administrador de empresas Mauro Soares, que já passou por momentos de crise com seu chefe. "Ele era uma pessoa muito tensa e cobrava da equipe os mínimos detalhes nos projetos.
Um dia, no final de uma reunião, falei algo engraçado, pelo menos para mim, em relação a uma das solicitações. Foi o suficiente para ser chamado a atenção. Depois, até pediu desculpas, mas na hora fiquei chateado e pensei até em pedir demissão" conta.
A psicólogo Julyana Felícia, gerente de RH da rede MegaMatte, diz ser essencial cuidar da relação chefe-funcionário para que as características pessoais não influenciem no lado profissional.
" Existem algumas regras que podem ajudar nesta questão. Evite, por exemplo, tentar convencer seu chefe que você é um bom profissional. Não tente bajulações ou procurá-lo desnecessariamente. Nada de estreitar relacionamentos pessoais de amizade com o chefe.
Muitas pessoas pensam que agindo desta forma poderão melhorar a relação. Ele pode se aproximar do funcionário para avaliá-lo fora do ambiente da empresa", orienta.
Mas há quem siga um caminho contrário, como acontece na Websoftware, especializada em plataformas online. "Nós apostamos na meritocracia. Ou seja, costumamos recompensar financeiramente os funcionários que entregam projetos dentro dos prazos. Esta prática reduziu os problemas internos", revela Erick Vils, diretor da empresa.
O advogado Henrique Baptista, especialista em Direito Criminal, adverte que no universo corporativo é importante ter cuidado com o assédio moral. Segundo ele, toda forma de preconceito é considerada crime e os que se sentirem lesados de alguma forma, devem buscar ajuda no próprio ambiente de trabalho ou na Justiça.
Entretanto, o perfil de profissionais que as empresas buscam no mercado é justamente o que consegue driblar as desavenças e mantêm uma boa produtividade.
| Foto: Reprodução internet. O DIA online.
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