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começam esta semana, uma porta de entrada para o primeiro emprego.

Quem está com dificuldade de arrumar emprego deve estar atento à época de Natal. É amplo o número de vagas abertas para o serviço temporário no comércio por conta do aquecimento das vendas no fim do ano. Especialistas afirmam que esta época é também uma porta de entrada para o primeiro emprego.

No entanto, os interessados precisam correr. O processo seletivo já começa esta semana. A Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) acredita que este ano o número de contratações será superior a 140 mil.

O comércio foi responsável por 98 mil vagas em todo o Brasil ano passado. Márcia Costantini, diretora no Rio de Janeiro da Asserttem,  informa que é de 28% a média de efetivação após o período temporário.

“Em 2010, 39 mil brasileiros (28%) acabaram  efetivados. É a chance de mostrar o seu melhor”.

Chance do primeiro emprego

O estudo da Asserttem aponta ainda que 30% dos postos de trabalho, em média, são preenchidos por jovens em situação de primeiro emprego. Vendedor, caixa, estoquista, fiscal de loja e cobradores são as principais vagas abertas.

“O Ministério do Trabalho tem registrado no Estado do Rio mais de 400 empresas específicas de contratação temporária. No contrato constam quase todos os direitos trabalhistas de um empregado efetivo. Ele só não tem o aviso prévio e a multa de 40% do Fundo de Garantia”, explica Márcia. 

O diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Lojistas de Shop-ping (Alshop), Luís Augusto Ildefonso, afirma que a redução de 0,5% na taxa Selic, feita pelo Banco Central no fim de agosto, deverá impulsionar ainda mais o movimento de contratações.

“A medida do Copom em reduzir de 12,50% para 12% a taxa Selic deve gerar maior empregabilidade neste período. No ano passado, os maiores empregadores para trabalhos temporários foram as lojas de rua, os shoppings e os supermercados.

A área de entretenimento também é forte nesta época, o que inclui as pessoas que trabalham sempre como Papai Noel”, destaca Ildefonso.

Na Consultoria Parceira, que atua há 16 anos com contratações temporárias, 60% dos trabalhadores são efetivados: “É realmente a porta de entrada para o mercado de trabalho. É a chance de mostrar o potencial.

 Mas, na área de vendas, por exemplo, a vida é dura. Às vezes, são muitas horas em pé e muita paciência no trato com os clientes. Não é fácil. Portanto, tem que mostrar vontade de trabalhar, habilidade com o público e espírito de equipe”, orienta Sônia Gassman, diretora da consultoria.

Já Cláudia Carriço, analista de RH da Personale Consultoria em RH, destaca que as empresas querem profissionais dinâmicos, responsáveis e comprometidos.

“Demonstrar real interesse na oportunidade é o primeiro passo. A pessoa deve agir como se já fosse um funcionário efetivo, com comprometimento e responsabilidade ”.

Seleções em várias lojas

As seleções começam esta semana em algumas lojas. Na Toulon, por exemplo, tem início já nesta quinta-feira. Serão 392 vagas no Estado do Rio. Em Niterói e São Gonçalo são 53. Mônica Simas, gerente de RH da marca, afirma que cerca de 20% do quadro é efetivado.

“A seleção começa agora porque desta maneira conseguimos fazer um treinamento mais detalhado”, diz Mônica, completando que é importante se apresentar o mais rápido possível, mesmo que só tenha disponibilidade em dezembro. Ela ainda informa que o salário médio chega a R$  2 mil. 

Nas lojas de roupa feminina Mercatto serão disponibilizadas de 250 a 300 vagas. “São vagas para todas as lojas do Rio, Grande Rio, Niterói, São Gonçalo e interior. A média de efetivação é de 40% a 50%”, informa Blanche Albuquerque, coordenadora de RH da Mercatto.

De temporário a gerente

Hoje, gerente da loja Toulon do Centro de Niterói, Luiz Eduardo da Cruz Faria, de 30 anos, entrou em 2004 na empresa para o trabalho temporário de um mês. “Na época éramos 12 vendedores temporários na loja disputando uma vaga que abriria após o Natal. Dei o meu melhor para conseguir a vaga ”, comenta.

Sócrates Abreu, de 26, subgerente da mesma loja Toulon, começou em 2006 como auxiliar de serviços gerais. “Fiquei só dezembro daquele ano. Em março do ano seguinte fui chamado de volta e contratado”.

Patrícia Guimarães, de 26, vai completar em dezembro um ano na Mercatto. Ela entrou para um período de um mês como auxiliar de loja e hoje é caixa da loja de Icaraí. “Dei sorte.

Em duas semanas a caixa da loja saiu e eles acabaram me colocando provisoriamente, mas acabei sendo efetivada. No início deu um frio na barriga por assumir um caixa sem experiência, mas, como gosto de desafios, me dediquei ao máximo e fui reconhecida”, lembra.

 O FLUMINENSE. Por: Henrique Moraes