Caso Patrícia Acioli:
mais um cabo decide colaborar com as investigações em troca da redução de pena; policial reforça acusações contra tenente-coronel
O tenente-coronel Claudio Luiz Silva de Oliveira é suspeito de ser o mandante da morte da juíza Patrícia Acioli Foto: Bruno Gonzalez / 27.09.2011.
Mais um policial militar acusado de envolvimento no assassinato da juíza Patrícia Acioli decidiu colaborar com as investigações em troca do benefício da delação premiada, que prevê redução de pena em caso de condenação. O cabo Y.
Chegou no meio da tarde desta sexta-feira à 3ª Vara Criminal de Niterói, com uma forte escolta. O cabo estava preso na carceragem da Divisão Antissequestro (DAS), no Leblon, e foi levado à Niterói pelo delegado Felipe Ettore, titular da Divisão de Homicídios (DH). A chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, também esteve no fórum.
De acordo com o promotor Rubem Vianna, da 2ª Central de Inquéritos, Y. confessou que ajudou no planejamento do crime, pois foi à casa de Patrícia Acioli em 11 de julho, junto com o tenente Daniel Santos Benitez Lopes, o cabo Sergio Costa Júnior e Handerson Lents Henriques da Silva, para planejar o crime.
Patrícia foi executada com 21 tiros na noite de 11 de agosto.
— O cabo narrou muitos detalhes da participação do tenente-coronel (Claudio Luiz Silva de Oliveira) no crime. O Ministério Público não tem dúvida de que não havia possibilidade de o crime ocorrer sem a participação ou, no mínimo, o conhecimento e a aquiescência do tenente-coronel — disse o promotor.
Ainda segundo o promotor, o cabo Y. não pediu para ingressar no Programa de Proteção à Testemunha, ao contrário do cabo X., que depôs na última segunda-feira e revelou a participação do tenente-coronel no crime.
— O inquérito deve ser relatado pela DH até a próxima terça-feira. Estamos certos de que o crime contou com a participação dos 11 policiais que já estão presos, e que não houve envolvimento de mais ninguém — afirmou Vianna.
Jornal EXTRA online. Marcelo Gomes

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