NOVO DISPOSITIVO AJUDA A ECONOMIZAR ENERGIA.
Eletrônicos e eletrodomésticos desperdiçam muita energia quando ficam ligados na tomada sem ser usados. Existe até mesmo um termo para esse desperdício – energia vampira.
Um centro de entretenimento residencial em modo de espera, por exemplo, pode puxar tanta energia quanto uma geladeira.
Uma gama de novos dispositivos se oferece para ajudar com a solução desse problema. O mais novo é o Modlet, da ThinkEco, aparelho um pouco maior do que um adaptador de tomada que monitora continuamente o uso de energia de qualquer dispositivo plugado.
A ThinkEco alega que o Modlet pode reduzir de 6 a 10 por cento o consumo geral de energia de um domicílio.
Por meio de uma interface num computador ou dispositivo móvel, o proprietário pode desligar dispositivos conectados ao Modlet e definir horários para eles.
Os dispositivos são controlados por um padrão wireless de curto alcance chamado ZigBee, que é projetado para automação domiciliar.
O Modlet se comunica com o computador do usuário via wireless por um receptor USB, não exige um medidor inteligente e pode operar independentemente de um computador. O produto deve chegar às lojas em outubro.
Sua funcionalidade e preço – US$ 45 por um Modlet ou US$ 50 por um Modlet com conector USB – fazem dele um híbrido entre uma automação residencial completa e um simples temporizador.
Dispositivos mais simples já disponíveis no mercado, como o Conserve, da Belkin, consistem de réguas de força e tomadas individuais que podem ser desligadas manualmente (ou limitadas por um temporizador) – evitando que aparelhos puxem energia quando não estão em uso.
A General Electric está lançando um sistema mais sofisticado de gestão de energia, onde um dispositivo chamado Nucleus age como a central dos recursos de administração de energia numa casa.
O Nucleus é um computador de 7,62 por 10,15 centímetros que é plugado em qualquer tomada de parede. Ele pode se conectar sem fui com o medidor inteligente de uma residência (caso haja um) e com eletrodomésticos compatíveis, oferecendo ao usuário as mesmas informações recebidas pelas provedoras de energia.
Como no Modlet, as informações do Nucleus são disponibilizadas num computador desktop ou dispositivo móvel e pela internet. Mas diferente do Modlet, ele também pode explorar as capacidades existentes de gestão de energia em eletrodomésticos inteligentes – como lavadoras de louça, secadoras e outros grandes aparelhos equipados com ZigBee.
A tecnologia da GE ainda está em testes com consumidores em alguns estados, onde está sendo oferecida pelas provedoras como parte de programas de resposta por demanda. Esses programas permitem que a empresa distribuidora reduza seletivamente o consumo de energia dos dispositivos de clientes quando a rede está sob uma carga especialmente pesada.
Embora os mercados-alvo da GE e da ThinkEco tenham uma considerável sobreposição, por enquanto a ThinkEco está usando uma abordagem mais 'cliente em primeiro lugar’. Contudo, seu maior impacto poderia ser nos escritórios, diz Mei Shibata, um dos fundadores da ThinkEco.
''No escritório, ninguém tem a função de pensar sobre o uso de energia – não faz parte de meu emprego desligar a lâmpada, mesmo quando eu deveria’', afirma Shibata.
Num dispositivo como uma máquina de venda automática, que geralmente pode ser desligada nos fins de semana e durante a noite, a quantidade de tempo que o Modlet leva para se pagar (em termos de economia de energia) pode ser de menos de dois meses, segundo Shibata.
Embora os resultados dependam de quanta energia um dispositivo está desperdiçando e do custo da eletricidade, o tempo médio de amortização para dispositivos ligados a um Modlet é de nove meses numa residência e sete no escritório.
Pesquisas sugerem que a maioria dos sistemas de gestão de energia também resulta na redução de consumo por parte dos usuários.
''Muito do que viemos a entender é que a maioria das pessoas simplesmente não entende o uso de energia’', diz Mike Beyerle, engenheiro da GE. Nos testes que a GE está realizando agora, isso significa que os usuários estão recebendo educação numa área de sua vida cotidiana que antes era invisível.
''Com isso eles se tornam consumidores melhores, a aprimoram sua tomada de decisões – eles elevam seu poder’', explicou Beyerle.
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