SENADOR DEFENDE CHICOTADAS CONTRA PRESOS QUE SE RECUSAREM A TRABALHAR NOS PRESÍDIOS.
O senador Reditario Cassol (PP-RO) subiu na tribuna do Senado nesta quinta-feira (6) para defender o fim dos auxílios para presidiários, e aproveitou para argumentar a favor do uso de chicotadas contra presos que se recusarem a trabalhar nos presídios.
Reditario Cassol é suplente de seu filho, Ivo Cassol, que está licenciado. O senador discursou sobre o Projeto de Lei 542/11, de sua autoria, que altera o Código Penal para “revogar ou restringir diversos benefícios concedidos a condenados a pena privativa de liberdade”.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o senador alega que “pilantras, vagabundos e sem-vergonha” que estão presos recebe um tratamento melhor do que o de muitos trabalhadores brasileiros.
“Nós temos de fazer o nosso trabalho, ilustre presidente e nobres senadores, modificar um pouco a lei aqui no nosso Brasil, que venha favorecer, sim, as famílias honestas, as famílias que trabalham, que lutam, que pagam impostos para manter o Brasil de pé”, defendeu.
“E não criar facilidade para pilantra, vagabundo, sem-vergonha, que devia estar atrás da grade de noite e de dia trabalhar, e quando não trabalhasse de acordo, o chicote voltar, que nem antigamente”, defendeu.
Cassol foi interrompido pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que em aparte disse “compreender a indignação” do colega, mas que aprovar a utilização do chicote seria “uma volta da Idade Média”. Suplicy tem razão: não faz o menor sentido discutir castigos corporais em pleno século XXI, em uma reedição do período colonial e escravocrata nos presídios brasileiros.
Foto: Agência Senado. Bruno Calixto



  

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