QUATRO SÃO DETIDOS ACUSADOS DE OBSTRUIR PORTAS DOS TRENS SUPERLOTADOS DO RIO.
A situação dos trens da Supervia é caso de polícia, e disso já se sabe desde que os passageiros foram tratados na base da chibata por funcionários. A novidade, nesta terça-feira, véspera do Feriado de Finados, é que os policiais encontraram uma solução rápida para resolver problemas como superlotação, falta de segurança, calor excessivo e portas abertas indevidamente durante a viagem.
O remédio, aplicado pelas polícias Civil e Militar, é a prisão de passageiros. Quatro foram detidos, quatro levados para a delegacia do bairro de São Cristóvão.
A Polícia Civil informou que agentes da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), atuando com funcionários da Supervia, detiveram quatro pessoas na Estação de Madureira, na zona norte. “A ação visava combater a prática de pessoas que impedem o fechamento das portas dos trens”, esclareceu a Polícia.
O delegado Tarcísio Jansen, da DDSD, explicou o problema: os detidos usavam os próprios corpos para travar as portas, impedindo a livre circulação dos trens.
A nota da Polícia Civil informa que os detidos “foram autuados no art. 132 (expor a vida e a saúde de ontrem a perigo direto e eminente), que prevê pena de detenção de três meses a um ano”.
O artigo 132 é lei, e lei não se discute. Expor a vida de alguém ao risco é crime. O que pode se discutir é quem deve ser preso. Certamente não é o prazer que leva o passageiro a usar o corpo para abrir a porta do trem. Policiais militares fiscalizam as plataformas: a solução é prender o passageiro (Márcia Foletto/AG.OGlobo
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