A sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, amanheceu nesta quita-feira com uma imensa faixa com os dizeres: "Contra a injustiça. Em defesa do Rio". É uma convocação para a manifestação que será realizada no próximo dia 10, na Cinelândia, contra as mudanças nas regras de distribuição dos royalties do petróleo. Uma faixa similar foi colocada também na fachada do Maracanã.
Organizada pelo governo do estado e pelas prefeituras, inclusive a do Rio, o ato promete reunir milhares de pessoas da capital e do interior contra o que o governador Sérgio Cabral chama de covardia contra o povo fluminense. Haverá concentração em frente à Igreja da Candelária, a partir das 15h, e depois, uma passeata pelas ruas do centro histórico do Rio.
Presidente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro), o prefeito de Macaé, Riverton Mussi, disse que todos os municípios do interior, sobretudo os produtores de petróleo e limítrofes, estão formando comissões para organizar grandes caravanas que vão invadir o Rio no dia 10.
O deputado federal Fernando Jordão (PMDB-RJ), relator da questão dos royalites na Comissão de Minas e Energia do Congresso Nacional, informou que toda a bancada fluminense estará presente, assim como os senadores. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, organizou uma comissão Pró-royalties para decidir as estratégias para a mobilização do dia 10 no Rio.
É uma manifestação em defesa do estado e o ato independe de partidos e opiniões. Esta é uma causa do Estado do Rio pautada na união de todos e contra a mudança de normas previstas na Constituição Federal - disse o presidente da Ompetro.
Riverton Mussi lembrou que o substitutivo do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), aprovado no Senado e que redivide todas as receitas da exploração do petróleo, incluindo aquelas nas áreas já licitadas, fará os municípios produtores passarem da fatia de 26,25% no bolo dos royalties para 17% em 2012, chegando gradativamente a 4% em 2020.
Jornal EXTRA online. Foto: Gabriel de Paiva

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