Falta de sensibilidade materna e de segurança emocional aumentam as chances de excesso de peso na adolescência, segundo sugere estudo. Pesquisa mostra que relação entre mãe e bebê pode influenciar surgimento da obesidade no futuro.
Bebês que foram rejeitados nos primeiros meses de vida podem se tornar adolescentes obesos, segundo sugere estudo publicado nesta segunda-feira pelo periódico científico Pediatrics.
Segundo a pesquisa, quanto mais frágil a relação entre mãe e filho, maior o risco de uma criança ser obesa aos 15 anos de idade. Entenda-se por 'frágil', de acordo com a pesquisa, a relação em que a mãe não oferece segurança emocional e sensibilidade no trato com a criança.
Para o estudo, foram analisados dados de 977 voluntários nascidos em 1991. Eles faziam parte de uma amostra nacional coletada a partir de nove cidades dos Estados Unidos. Após a observação da interação entre mãe e filho, os pesquisadores avaliaram pontos como sensibilidade materna, apego e segurança infantil. Esse acompanhamento foi feito durante três períodos: 15, 24 e 36 meses de idade.
Para avaliar a sensibilidade materna, as mães foram instruídas a brincar com seus filhos enquanto os pesquisadores avaliavam diversos aspectos do comportamento, incluindo respeito à autonomia, sinais de invasão ou hostilidade.
Segundo os pesquisadores, a sensibilidade materna é a capacidade de uma mãe em reconhecer o estado emocional do seu filho e responder com consistência, conforto e cordialidade.
Os resultados mostraram que, no total, 241 crianças (24,7%) tiveram uma má relação com as mães durante a infância. Nesse grupo, a prevalência de obesidade na adolescência foi de 26%. Entre as crianças que tiveram um relacionamento considerado bom, a prevalência de obesidade foi de 15,5%.
De acordo com os pesquisadores, o novo estudo ajuda a enxergar outra forma de abordagem para combate à obesidade infantil, diferente da conhecida fórmula de alimentação saudável e exercício físico.
"Pode ser que os índices de obesidade infantil diminuam a partir de intervenções que visem melhorar os laços emocionais entre mães e filhos", disse Sarah Anderson, autora principal do estudo e professora assistente de epidemiologia na Universidade Estadual de Ohio.
Revista VEJA online. (ThinkStock)
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