Órgão temporário
Médicos britânicos utilizaram uma técnica inédita para curar um bebê de oito meses que sofria de uma grave doença hepática. No tratamento, anunciado em novembro, foi injetado no abdome da criança um conjunto de células que atuou como um fígado temporário: elas faziam o papel do fígado no organismo, enquanto o órgão real da criança se recuperava de danos provocados por um vírus.
Combinar duas drogas é mais eficiente no tratamento da enxaqueca. O novo método foi desenvolvido pelo médico brasileiro Abouch Valenty Krymchantowski, que realizou testes clínicos em 80 pacientes no Rio de Janeiro.
Entre os pacientes que passaram pelo tratamento com dois medicamentos, 78,3% relataram redução das crises. Ele publicou os resultados em novembro, no periódico Official Journal of the European Headache Federation.
Em outubro, nove anos após sofrer uma violenta queda, que lhe tirou a sensibilidade e os movimentos das duas pernas, o major da Polícia Militar Maurício Borges Ribeiro conseguiu andar novamente. O tratamento, ainda experimental, consiste na aplicação de células-tronco retiradas da medula óssea da bacia do próprio paciente, diretamente na região onde ocorreu o trauma.
A Academia Americana de Pediatria lançou nova diretriz sobre o diagnóstico e o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), em outubro.
Entre as novas recomendações está a idade do diagnóstico, que agora pode ser feito entre 4 e 18 anos – antes, ele era feito entre 6 e 12 anos.
O FDA (órgão americano similar à Anvisa) aprovou, em outubro, a droga Juvisync, novo medicamento que trata o diabetes tipo 2 e o colesterol com um mesmo comprimido.
O remédio poderá passar a ser usado por 40% dos diabéticos que também apresentam problema de colesterol alto.
Em 2011, pacientes diagnosticados com hepatite C que não respondem ao tratamento ganharam uma nova esperança com o lançamento de novas drogas conhecidas como antivirais de ação direta – o boceprevir (aprovado em julho) e o telaprevir (aprovado em novembro). Enquanto o tratamento convencional cura entre 40 e 45% dos pacientes, a combinação com os novos medicamentos cura entre 70 e 75%.
O FDA (órgão similar à Anvisa) aprovou, em agosto,a pílula zelboraf, para pacientes com melanoma em fase avançada ou inoperável, em particular casos que apresentam uma mutação genética.
Durante os testes clínicos constatou-se que, dos pacientes que tomavam a droga, 77% continuavam vivos – frente a 64% daqueles que receberam outro medicamento.
Em junho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do botox (toxina botulínica) para o tratamento de enxaqueca crônica em adultos, doença que atinge cerca de 2% da população mundial.
Com a decisão, sobem para nove as doenças que podem ser tratadas com o produto no País.
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