Pouca vitamina D tem relação com obesidade em crianças. Esse quadro ainda aumenta as chances de desenvolver diabetes tipo 2.
Obesidade em crianças:
Estudo identificou que jovens com esse problema apresentam menores níveis de Vitamina D no organismo.
Segundo um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, baixos níveis de vitamina D são mais prevalentes em crianças obesas e estão associados com maiores riscos de desenvolver diabetes tipo 2. A pesquisa, feita na Universidade do Sudoeste do Texas, nos Estados Unidos, ainda associou as baixas taxas da substância a maus hábitos alimentares.
VITAMINA D
Segundo as indicações do Centro de Política e Promoção de Nutrição do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), crianças devem consumir 15 microgramas de vitamina D ao dia e adultos, 20 microgramas.
Além da exposição ao sol, a vitamina D pode ser obtida a partir de alimentos fortificados, como leite e iogurtes, além de alguns cereais matinais, margarina, suco de laranja, peixes como salmão, arenque e atum e gemas de ovos.
DIABETES TIPO 2
Enquanto a diabetes tipo 1 ocorre pela falta da produção de insulina, na do tipo 2 a insulina continua a ser produzida normalmente, mas o organismo desenvolve resistência ao hormônio. É causada por uma mistura de fatores genéticos e pelo estilo de vida: 80% a 90% das pessoas que têm o tipo 2 da diabetes são obesas.
O estudo analisou 498 jovens de 6 a 16 anos, sendo que 411 eram obesos. Foram observados seus níveis de vitamina D, de açúcar no sangue, de insulina, índice de massa corporal (IMC) e pressão arterial.
Além disso, os participantes informaram seus hábitos alimentares, como ingestão diária de refrigerante, suco, leite, frutas e hortaliças e se eles costumavam pular o café-da-manhã.
Os resultados demonstraram que os jovens obesos tinham menores níveis de Vitamina D em comparação com os não obesos, e que hábitos como o consumo de refrigerante e sucos e o fato de não tomar café-da-manhã estavam negativamente associados com as taxas de vitamina D.
Além disso, a pesquisa concluiu que crianças obesas com baixos níveis de vitamina D tiveram maior grau de resistência à insulina e maiores chances de desenvolver diabetes tipo 2.
"Estudos futuros são necessários para determinar a relevância clínica de níveis mais baixos de vitamina D em crianças obesas. Esses resultados são importantes para ajudar a determinar os tratamentos necessários para repor os níveis da vitamina nesses jovens e descobrir se terapias com vitamina D podem melhorar problemas como a resistência à insulina”, afirma Micah Olson, pesquisadora do Centro de Medicina da Universidade do Sudoeste do Texas e principal autora do estudo.
Revista VEJA online. (Thinkstock)
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