O SUS CUSTEARÁ A TROCA DE PRÓTESE PIP EM CASO DE PROBLEMA DE SAÚDE.
Mulheres que tiveram problemas com a prótese francesa poderão recorrer ao SUS, que avaliará necessidade de substituição do implante.
Implante mamário manufaturado produzido pela empresa francesa "Poly Implant Prothese" (PIP).
Mulheres que receberam a prótese francesa PIP e apresentaram problemas de saúde devem procurar o médico que fez o implante para avaliar se há necessidade de troca, segundo informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira. Se o médico julgar necessária a substituição da prótese, o Sistema Único de Saúde arcará com as despesas da cirurgia reconstrutiva, após a avaliação de um especialista do próprio serviço público.
A orientação do Ministério vale tanto para mulheres que passaram por uma mastectomia, por exemplo, quanto para mulheres que fizeram plástica com fins estéticos em estabelecimentos privados, mas que apresentaram problemas de saúde e foram orientadas a substituir o implante.
A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica afirmou, em nota, na quarta-feira, que não há motivo para pânico. Segundo o documento, "as mulheres portadoras das próteses PIP devem procurar seus cirurgiões para avaliação e eventual tratamento necessário".
O caso
Na semana passada, o governo francês decidiu recomendar a retirada preventiva das próteses mamárias devido a possibilidade de rompimento e os riscos à saúde. Estima-se que 30.000 mulheres utilizaram implantes da marca PIP.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou o registro das próteses mamárias da empresa francesa PIP. Além do cancelamento do registro, a Anvisa determinou o recolhimento das próteses que ainda estão em posse da importadora do produto. Foram importadas, ao todo, 34.631 unidades — 24.534 foram comercializadas. Segundo a Anvisa anunciou em comunicado, as 10.097 próteses restantes serão recolhidas.
A imprensa britânica revelou que a taxa de ruptura das próteses PIP é muito mais elevada que o estimado. Outra reportagem de uma rádio francesa divulgada na terça informou que um aditivo para combustíveis foi detectado no gel das próteses mamárias defeituosa
Revista VEJA online. (Anne-Christine Poujoulat/AFP)
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