Infância
Dormir de barriga para baixo
ainda é o maior fator de risco para morte súbita de bebês
Nos EUA,
cerca de 2.500 crianças morrem todos os anos em decorrência da síndrome
Um
novo estudo publicado nesta segunda-feira no periódico Pediatrics revelou que a posição do bebê durante o
sono ainda é o principal fator de risco para a síndrome da morte súbita
infantil. Essa síndrome ocorre quando uma criança aparentemente saudável morre.
Muitas
vezes, ela está relacionada a noites de sono em que uma criança dorme de
barriga para baixo, o que dificulta a sua respiração. A pesquisa, que foi
realizada no Hospital Infantil Rady, na Califórnia, sugere que mais esforços
ainda são necessários para que a incidência dessa síndrome diminua.
SÍNDROME DE MORTE SÚBITA DO LATENTE
É a morte
repentina de uma criança aparentemente saudável. Também e chamada de 'morte do
berço'. Embora seja rara, é a causa mais frequente de morte em crianças de duas
semanas a um ano de vida.
Normalmente,
acomete bebês de dois a quatro meses de vida. Mais comum em bebês prematuros,
que nasceram menores e que apresentaram problemas respiratórios antes. Também
acomete mais crianças cuja família é de um nível socioeconômico mais baixo,
filhos de mães solteiras ou que fumaram e beberam na gravidez.
A causa da
síndrome é desconhecida, mas pode acontecer por causa de problemas no controle
da respiração, baixos níveis de oxigênio no sangue e períodos de respiração
interrompida. Por isso, se relaciona com a síndrome o fato de crianças dormirem
com a barriga para baixo.
A síndrome foi reduzida em mais de
50% após campanha nos Estados Unidos, realizada em 1994, que incentivava os
pais a colocar seus bebês para dormir de barriga para cima. O objetivo era
justamente reduzir o índice de morte súbita infantil. No entanto, esse índice
deixou de diminuir e está estabilizado no país. Nos EUA, cerca de 2.500
crianças morrem todos os anos em decorrência da síndrome.
Levantamento
Nesse
trabalho, os pesquisadores observaram os fatores de risco presentes em 568
ocorrências de síndrome de morte súbita infantil registradas entre 1991 e 2008
no Projeto de Pesquisa em SMSI de San Diego.
Segundo o estudo, 57% dos bebês que
morreram por essa síndrome apresentavam pelo menos três fatores de risco para o
problema, que poderiam ser tanto intrínsecos, como idade e gênero, quanto
extrínsecos, como posição do sono, por exemplo.
O principal fator de risco
apresentado pelas crianças foi justamente dormir de barriga para baixo: no
período do estudo, o risco de a morte acontecer por causa da posição do sono
aumentou de 19,2% para 37,9%, especialmente entre bebês menores de dois meses
de vida.
Recomendações
Segundo
os autores do estudo, prestar atenção nos fatores de risco evitáveis é uma
maneira de reduzir as chances da morte súbita infantil. Eles afirmam que os
pais devem seguir orientações de especialistas para fornecerem um sono seguro
para a criança.
A
Academia Americana de Pediatria, por exemplo, indica que o bebê deva dormir com
a barriga para cima, em um berço com colchão firme e sem cobertores, brinquedos
e almofadas ao alcance da criança; e que os bebês não durmam na mesma cama
junto com os adultos.
Revista VEJA online. Bebês: dormir de barriga para
cima diminui risco de morte súbita (Thinkstock).

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