“Quando essas idades redondas chegam também trazem uma libertação. Os trinta e poucos são mais complicados porque geram expectativa”
Gabriel Braga Nunes está solteiro. Mais do que isso não diz, não se alonga. Discreto, também não aponta os nomes de suas três primeiras namoradinhas de infância ou adolescência. “Não posso expor a vida delas, não fica bem, acho desnecessário”. Até hoje, no entanto, ele convive com elas, já mães de família, e com uma turma que conheceu aos 4 anos de idade:
— São minhas amigas até hoje. Passei a vida inteira numa mesma escola. Então, quando a gente se formou, em 1989, estava todo mundo muito amigo. A gente faz churrasco a cada dois anos para se reencontrar, todo mundo leva seus filhos... Alguns dos meus melhores amigos, com os quais desabafo, para quem ligo e tal, são dessa turma.
Gabriel virou meio "tio" Gabriel. Ele acha que é zoação, mas admite que quer fazer a transição. De tiozão da turma a pai de família.
— Quero e vou ser pai. Quando? Não sei. Meu foco agora é outro — garante ele, que se prepara para correr uma maratona: — Além da novela, claro, tenho dois objetivos a curto prazo, que são correr a maratona de Berlim e não largar as aulas de guitarra.
Os recentes 40 anos - completados no último dia 7 de fevereiro - não chegam a assustá-lo. Os trinta e muitos o deixaram mais apreensivo:
_ Não tem jeito, a idade chega. E quando essas idades redondas chegam também trazem uma libertação. Os trinta e poucos são mais complicados porque geram expectativa. Mas me sinto bem, não encano com velhice.
Jornal EXTRA online. Foto: Urbano Erbiste. Carolina Marques
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