Coração
Uma em cada oito pessoas que sofre um ataque
cardíaco apresenta stress pós-traumático
Estudo mostra que
condição psicológica dobra o risco de outro evento cardíaco ou morte em um
período de três anos
Pessoas
que sofreram algum evento cardíaco e apresentam stress pós-traumático são duas
vezes mais prováveis de voltarem a ter doenças cardíacas.
Uma em cada oito pessoas que sofre um infarto ou
outro evento cardíaco apresenta sintomas de stress pós-traumático. Estudo feito na
Universidade Columbia, nos Estados Unidos, mostra ainda que o distúrbio
psicológico pode dobrar o risco de esse indivíduo voltar a ter um problema do
coração ou de morrer em um período de três anos.
O trabalho, publicado nesta quarta-feira no
periódico PLoS One, indica que o distúrbio,
além de acometer pessoas que passaram por episódios de violência ou lesões
graves, também pode ser comum entre pacientes cardíacos.
Saiba mais
É um
distúrbio de ansiedade causado em pessoas que passam por uma situação
traumática, de risco de vida ou lesões graves, como guerras. O medo intenso
acarretado por esses episódios faz com que as pessoas voltem a sentir esse medo
mais tarde, em forma de pesadelos ou flashbacks, por
exemplo. Angústia, ansiedade, sintomas depressivos, sentimento de culpa e menos
interesse por certas atividades são alguns dos efeitos.
Nessa pesquisa, os autores usaram dados de outros
estudos e, a partir deles, chegaram a novos resultados. A equipe, coordenada
pelo professor de medicina comportamental da Universidade Columbia Donald
Edmondson, se baseou em 24 pesquisas que, ao todo, envolveram 2.383 pacientesde
algum evento cardíaco.
“Há evidências de que os transtornos psicológicos
em pacientes com problemas cardíacos são subestimados e pouco tratados. Esse é
um problema sério tanto para os indivíduos com doenças do coração quanto para o
sistema de saúde”, diz Edmondson.
“Felizmente, há bons tratamentos para pessoas com
stress pós-traumático. O próximo passo da nossa equipe será avaliar os impactos
do tratamento do problema psicológico na diminuição de risco de eventos
cardíacos”.
Revista
VEJA online. (Thinkstock).
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