Dicas de consumo: aprenda a correr atrás dos
descontos e economize seu dinheiro
SÃO
PAULO - O valor dos produtos não é algo tão fixo. Os preços estão lá, sim, mas
quem tiver disposição e, sobretudo, souber negociar, pode conseguir descontos
realmente interessantes. Já que no aluguel, na conta de água, luz e telefone e
nos impostos não há muito o que fazer para reduzir os valores, o consumidor
deve adotar uma postura ativa no comércio e discutir preços, correndo atrás dos
descontos.
De
acordo com o educador financeiro Mauro Calil, todos os itens que compramos são
passíveis de descontos, uns mais, outros menos. Os de altos valores,
normalmente são os mais podem ser negociados, é o caso de imóveis e automóveis.
Ao comprar uma casa, principalmente as usadas, você está dando liquidez para o
proprietário, ou seja, transformando o bem em dinheiro.
Dinheiro à vista
E,
dependendo do quanto o vendedor precisar daquele dinheiro, mais você pode
conseguir redução de valor. Além disso, ter dinheiro para pagar o imóvel à
vista ajuda a transformar a negociação em algo muito interessante.
“Quem
tem dinheiro à vista sempre consegue aproveitar as melhores oportunidades”,
afirma Calil. E isso não é só no caso dos itens de alto valor.
Nos
casos citados - imóveis e carros - se o comprador estiver interessado em fazer
um bom negócio, deve ter uma boa estratégia, que inclui pesquisa de preços,
busca de oportunidades e negociação. Neste último caso, lembre-se que se você
tiver o dinheiro você também terá vantagens.
Compra múltipla
Mas
não são só os itens de alto valor que podem ser negociados. Os descontos podem
ser encontrados em diversos produtos, como móveis, itens para festas,
eletrônicos e roupas. No caso dos móveis, por exemplo, segundo explica Calil, o
que normalmente encare é o design. E se o comprador abrir mão disso consegue
decorar sua casa a preços muito menores.
O que
também ajuda na redução dos preços, além de ter o dinheiro à vista, é a compra
múltipla. Quando você decide comprar diversos itens no mesmo local, seu poder
de negociação aumenta e o preço cai. Faça, portanto, uma cotação, escolha o
local que oferece o menor preço e a qualidade que você deseja, abra mão do
design e compre tudo no mesmo local. Se ainda tiver o dinheiro à vista,
invariavelmente, fará um bom negócio.
Comprar
tudo em um mesmo estabelecimento é uma dica que vale seguir. Não importa o tipo
de produto, pode ser roupas ou eletrônicos, livros ou produtos de beleza,
material de construção ou equipamentos para carros.
Quando
você está disposto a consumir um grande volume de produtos, poderá obter
descontos muito mais interessantes do que se estivesse comprando em diversas
lojas.
Emoção versus razão
Calil
também cita os itens para festas, que são passíveis de muito desconto
dependendo do poder de negociação dos compradores. Nesse caso, há dois pontos
importantes a ser considerados. Primeiro, o emocional. E o segundo é o fato de
que você estará negociando com alguém que faz esse tipo de venda diariamente e
que, portanto, é muito mais experiente do que você.
No
caso do emocional, saiba que os vendedores sabem aproveitar o fato de que um
casamento ou a festa do primeiro ano do filho deixam as pessoas mais
vulneráveis. O que se deve fazer é não tomar nenhuma decisão impulsiva. Veja os
itens, vá nas lojas, mas não compre de imediato.
Espere
um tempo, avalie, converse entre o casal. Tente eliminar o fator emocional
antes de tomar a decisão. Em relação aos vendedores, eles realmente serão mais
articulados do que você na negociação, afinal fazem isso todos os dias enquanto
você só fará algumas vezes na vida. Porém, se você souber o que quer, ter um
orçamento pré-definido, poderá ser bem sucedido.
Espere o preço cair
E os
eletrônicos? Qual a estratégia para conseguir redução de preços? Para Calil, a
solução mais inteligente vai além da negociação. “Basta esperar três meses
depois do lançamento do produto que você quer que o preço já caiu”, sugere.
Na
prática, tudo que você precisa é aprender a evitar a compra por impulso. Você
não precisa comprar o modelo mais novo, no dia do lançamento, custe o que
custar.
Calil
também sugere, enfaticamente, comprar produtos e serviços via sites de compras
coletivas ou que oferecem cupons de descontos. Em um restaurante, não há a
possibilidade de negociar com o garçom o preço do prato.
Mas
você pode ir ao mesmo estabelecimento e desembolsar muito menos se tiver um cupom
de desconto. É a melhor forma de obter descontos em locais que normalmente você
não teria.
Por fim, o educador fala
das compras em supermercados, onde os descontos estão, de certa forma,
escondidos. O que acontece é que você não pode pegar um molho de tomate e pedir
um desconto sobre esse produto para a caixa do estabelecimento, mas ao escolher
outra marca, do mesmo item, você consegue reduzir os gastos.
A sugestão, portanto, é
que essa lógica seja aplicada a todos os produtos consumidos nos supermercados.
Escolhendo outras marcas e deixando de ser fiel a elas.
Site Yahoo Brasil.
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