Quanto maior o consumo
de café, menor os riscos de desenvolver câncer de pele do tipo carcinoma
basocelular.
Prevenção
natural: o consumo de café com cafeína ajuda a evitar o desenvolvimento de
carcinoma basocelular.
Q uanto
maior a ingestão de café com cafeína durante o dia, menores os riscos de
desenvolver carcinoma basocelular, tipo de câncer de pele mais comum e menos
agressivo. A descoberta, feita por pesquisadores da Universidade de Harvard,
foi publicada no Cancer Research, um periódico da
Associação Americana para a Pesquisa em Câncer.
Resultado:
Quanto maior o consumo
de café (ou outras bebidas cafeínadas), menores as chances de desenvolver o
carcinoma basocelular, um tipo comum e menos agressivo de câncer de pele. O
café sem cafeína, no entanto, não foi relacionado com o efeito protetor contra
esse tipo de tumor.
“Não recomendaria, no entanto, o aumento no consumo
de café com base apenas nesses dados”, diz Jiali Han, da Escola de Medicina de
Harvard e responsável pela pesquisa. A descoberta engrossa a lista de condições
que têm o risco reduzido com o consumo regular de cafeína – entre elas, estão o
diabetes tipo 2 e a doença de Parkinson.
O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele
mais diagnosticado nos Estados Unidos – país onde foi realizado o estudo. “Dado
o grande número de novos casos, uma mudança na dieta que tenha quaisquer
efeitos protetores pode ter um impacto importante na saúde pública”, diz Han.
No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de
Câncer (Inca), 70% dos mais de 134.000 novos casos de câncer de pele não
melanoma que devem ser diagnosticados em 2012 serão do tipo carcinoma
basocelular.
Pesquisa
No levantamento, foram analisados dados de 112.897
participantes, dos quais 22.786 desenvolveram carcinoma basocelular durante os
mais de 20 anos de acompanhamento. Uma associação inversa foi observada entre o
consumo de café e os riscos para a doença – o café descafeinado, no entanto,
não foi associado com a redução dos riscos.
"Esses resultados sugerem que é o café com
cafeína o responsável pela redução nos riscos de carcinoma basocelular",
diz Han. "Isso seria consistente com dados já publicados sobre pesquisas
animais, que indicam que a cafeína pode bloquear o desenvolvimento de tumores
na pele."
Em contraste às descobertas, tanto o consumo de
café ou somente o da cafeína (em chás, por exemplo) não foram associados com
duas outras formas de câncer de pele mais letais – melanoma e carcinoma de
células escamosas. No grupo estudado, houve 1.953 casos de carcinoma de células
escamosas e 741 de melanoma. "É possível que esses números sejam
insuficientes para quaisquer associações com o consumo de café", diz Han.
Revista
VEJA online. (Thinkstock).
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