Cognição
Segundo pesquisa americana, doenças associadas à síndrome, como
obesidade e diabetes, prejudicam a cognição dos jovens.
Síndrome metabólica reúne fatores de
risco que aumentam as chances de doenças como diabetes tipo 2 e obesidade.
A síndrome metabólica pode prejudicar a cognição de adolescentes e, consequentemente, o
desempenho escolar e profissional desses indivíduos. Segundo uma pesquisa feita
no Centro Médico da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, jovens com
essa síndrome não só têm um pior desempenho em testes escolares como também
possuem um menor volume do hipocampo, região do cérebro responsável pela memória
e, por isso, essencial para o aprendizado e o raciocínio.
É caracterizada por um grupo de fatores
que predispõem às doenças cardiovasculares, ao diabetes e - quando as doenças
ocorrem associadamente - à morte prematura.
Para ser diagnosticado com síndrome
metabólica, o paciente deve se enquadrar em três ou mais das seguintes
características: hipertensão, açúcar elevado no sangue, excesso de gordura
abdominal, baixo nível de bom colesterol e índices elevados de ácidos graxos.
Uma pessoa
é diagnosticada com a síndrome metabólica quando ela apresenta ao menos três
problemas entre hipertensão, açúcar elevado no sangue, excesso de gordura
abdominal, baixo nível de bom colesterol e índices elevados de ácidos graxos.
Segundo o
artigo, é sabido que essa condição afeta a cognição dos adultos, e que isso é
uma consequência a longo prazo de um metabolismo deficiente. No entanto, não
era sabido de que forma o problema atua a curto prazo, ou seja, sobre a saúde
mental de pessoas ainda jovens.
Os autores, então, compararam os resultados de provas escolares
realizadas por 62 adolescentes saudáveis e 49 jovens que sofriam de síndrome
metabólica.
A pesquisa, publicada nesta segunda-feira na revista Pediatrics, mostrou que os participantes com o problema
de saúde apresentaram piores resultados em testes de matemática, mais erros de
ortografia e pior capacidade de atenção do que os colegas.
Segundo os
pesquisadores, a obesidade e o diabetes tipo 2 associados à síndrome metabólica
são os grandes responsáveis pelas complicações cerebrais descritas no estudo.
Para eles,
esses dados são “alarmantes” e devem incentivar os médicos a levarem em
consideração os prejuízos mentais na hora de indicarem um tratamento precoce
contra a obesidade infantil.
Revista VEJA online. Foto (Thinkstok).
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