Sem papas na língua, Francisco dispara contra
'políticos corruptos e arrogantes'.
O papa Francisco durante sua passagem pelo México.
Na primeira audiência geral desde que
retornou da viagem ao México, o papa Francisco criticou duramente os políticos
corruptos e criticou os "poderosos" que têm sempre mais sede de
poder.
"Hoje os poderosos, para ter
mais dinheiro, exploram as pessoas, é a história do tráfico, do trabalho
escravo, das pessoas pobres que trabalharam no escuro para enriquecer os
poderosos. É a história dos políticos corruptos que querem sempre mais, mais e
mais", afirmou o sumo pontífice nesta quarta-feira.
O pontífice se apoiou no relato
bíblico de Nabot, vítima da ambição de poder do rei Acab, que mencionou na
audiência geral na Praça de São Pedro, para indicar que aquela "não é uma
história de outros tempos", mas, sim, de hoje.
Porém, segundo o líder católico,
"Deus é maior que a maldade e do que os jogos sujos feitos pelos seres
humanos", e envia o profeta Elias para converter o rei Acab. Com humor,
Jorge Mario Bergoglio ainda brincou e disse que "o profeta Elias não era
comunista" ao mostrar as benesses divinas aos poderosos.
Ao menos 20.000 fiéis acompanharam a
audiência do papa na Praça de São Pedro. Francisco também alertou para quando o
poder dos políticos se transforma "em arrogância" e acrescentou essas
pessoas deveriam se arrepender e "pedir perdão ao Senhor".
A homilia seguiu a linha adotada pelo
papa no México, onde criticou duramente o tráfico de pessoas e de drogas e a
corrupção nas cidades.
Durante suas missas e encontros, o
argentino pediu que os mexicanos, especialmente os mais jovens, não se
"entreguem" ao tráfico e busquem se ajudar mais para impedir o avanço
dos crimes.
Ele também pediu que os religiosos
"não se escondam" nas igrejas e lutem pelos direitos da população.
(Da
redação) México(Eduardo Verdugo/AP).
Revista VEJA online.
Nenhum comentário:
Postar um comentário