Pedra de jade de 174 toneladas descoberta em Mianmar não pode
ser extraída
Fotografia cedida pelo membro do Parlamento de Mianmar Tint Soe,
em 20 de outubro de 2016, que mostra a pedra jade gigante encontrada em Hpkant,
no estado de Kachin, no dia 13 de outubro de 2016.
Uma pedra de jade de 174 toneladas avaliada em milhões de
dólares deverá permanecer por enquanto no lugar onde foi descoberta, em
Mianmar, porque seus proprietários não dispõem do equipamento necessário para
extraí-la.
A pedra, de quase seis metros de comprimento, foi descoberta na
semana passada por mineiros, enterrada a cerca de 60 metros de profundidade no
interior de uma montanha no estado de Kachin, uma região do norte de Mianmar
rica em jade.
"Quando raspamos o canto da pedra vimos que era de muito
boa qualidade", declarou o deputado local Tint Soe. "Mas a pedra não
pode ser movida neste momento porque não há aqui uma máquina que possa fazê-lo
e tampouco há uma estrada" apropriada, acrescentou.
Apesar de que alguns chegaram a estimar o preço da pedra em mais
de 170 milhões de dólares, Tint Soe considera que o valor é de aproximadamente
5,4 milhões.
Mianmar produz a maioria das pedras de jade de boa qualidade do
mundo. Trata-se de uma pedra semi-preciosa de cor verde, que é muito apreciada
na China, onde é conhecida como "a pedra do paraíso".
Empresas vinculadas à antiga junta militar do país dominam o
comércio de jade em Mianmar.
Em 2014, o país vendeu no mercado mundial cerca de 31 bilhões de
dólares em jade, segundo a ONG Global Witness, o equivalente a quase a metade
do PIB do país, um dos mais pobres do sudeste asiático.
Milhares de trabalhadores birmanos pobres se trasladam ao norte
do país para procurar pedaços de jade esquecidos pelas escavadoras das grandes
companhias, uma atividade não regulada sobre a qual as autoridades e empresas
fazem vista grossa.
Nesse contexto, a mineração de jade pode ter um custo humano
alto devido aos frequentes deslizamentos de terra, como o que deixo uma centena
de mortos em novembro de 2
Site Yahoo Brasil.
AFP
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