Como a crise afeta a rotina dos brasileiros?
A crise está afetando não apenas o bolso dos brasileiros, mas também sua rotina já que os dados negativos estão minando a confiança das pessoas.
O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) caiu para 103,2 pontos em novembro. O valor é 1,1% menor do que o de outubro e está 5,2% abaixo da média histórica, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O INEC avalia as expectativas dos consumidores para os próximos seis meses em relação à inflação, ao desemprego, à renda pessoal e à intenção de realizar compras de maior valor.
Este pessimismo também fez com que mais da metade dos brasileiros, 57%, mudassem seus hábitos de consumo ou seu planejamento financeiro, de acordo com um estudo realizado pela CNI em 141 municípios no ano passado.
O levantamento apontou, por exemplo, que 16% das pessoas mudaram de residência para reduzir custos e 13% trocaram os filhos de escola privada para uma instituição pública.
Em outra pesquisa, realizada em cinco países da América Latina pelo instituto Data Popular, especializado em hábitos de consumo das classes C, D e E, mostrou que para 88% dos brasileiros a crise econômica afeta sua vida pessoal, levando além do corte de gastos, à busca por alternativas para aumentar a renda.
O Brasil ficou à frente dos demais países. Pelo menos 90% dos entrevistados disseram ter economizado nas contas de casa e 84% deixaram de comprar alguns produtos no supermercado e cortaram gastos com lazer.
Isso porque a inflação corrói o poder de compra do consumidor e desde 2005 o governo vem enfrentando dificuldade de atingir o centro da meta, que é de 4,5%.
No ano passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 10,67%. Neste ano, as projeções apontam que deve seguir o mesmo ritmo e encerrar acima do teto de 6,7%.
Além dos efeitos sofridos devido ao caos global de 2008/2009, a crise interna começou a se acentuar em 2012, quando o Produto Interno Bruto (PIB) caiu pela metade, 1,9%, na comparação ao ano anterior e o país foi da 6ª para a 7ª maior economia do mundo.
Desde então as coisas só pioraram e hoje o Brasil ocupa a 9ª posição no ranking mundial das economias e contabilizou um PIB de –3,8% em 2015.
O desaquecimento econômico impactou principalmente na taxa de desemprego, que aumentou para 11,8% no trimestre encerrado em outubro contra 8,9% no mesmo período do ano passado, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mas para os economistas o cenário tende a melhorar no próximo ano. O mercado estima que o IPCA deva cair para 4,93% e o PIB deva crescer pelo menos 0,98%, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central.
Por Daiane Brito. Pixabay/schuldnerhilfe
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