Deixe o alimento ser teu
remédio e remédio ser o teu alimento.
A frase de Hipócrates, pai da medicina, foi dita há
mais de 2.380 anos. Se os remédios e tratamentos modernos evoluíram,
porque as pessoas estão tão doentes?
Você já deve ter se perguntado essa questão. Cada
vez mais há aqueles que se perguntam se a resposta já não estava na sabedoria
grega de milênios atrás, que identificava nos alimentos a fonte da saúde e da
cura. As doenças poderiam ser evitadas com atitudes simples.
O uso dos remédios, depois que um problema de saúde
se manifestou, é uma luta contra uma situação já instalada. O tempo, energia,
dinheiro que são gastos em remédios e tratamentos poderiam ser economizados se
fossem gastos na boa alimentação.
O mais estranho é que a tentativa de buscar uma
cura natural nos alimentos ainda é chamada de “medicina alternativa”. A questão
é que “alternativa” se refere a algo que não é aceito ou não é modelo vigente.
O oposto de “medicina alternativa” é o que é chamado
atualmente de medicina ortodoxa ou alopática, que determina o padrão adotado
pela maioria.
É surpreendente que, por milênios, até o século
dezenove, a medicina foi praticada exclusivamente de acordo com o médico grego
Hipócrates, que viveu de 460 a 377 A.C., e foi o fundador da medicina natural.
Portanto, na maior parte da história a medicina natural sempre foi o padrão de
tratamento.
Ele ensinou que o princípio fundamental da medicina
deve ser o respeito às forças curativas da natureza, que habitam em cada
organismo vivo.
Hipócrates considerava a doença como uma
consequência natural, que forçava a pessoa a perceber os desequilíbrios da sua
saúde.
Ele confiava profundamente em uma boa alimentação e
relacionava os sintomas de toda doença à má nutrição e maus hábitos na comida.
Reforçava sempre “deixe que o alimento seja seu remédio e remédio seja seu
alimento”, conselho que, até hoje, não perdeu a validade.
No ano de 1805, o medico alemão Friedrich Wilhelm
Adam Sertürner descobriu a morfina, nome derivado de Morfeu, o deus do sono.
A morfina é a substância isolada e cristalizada que
é encontrada no ópio. Esse foi o primeiro momento e muito significante, na
história farmacêutica, em que um potente ingrediente foi isolado.
Desde então, farmacêuticos e cientistas em todo o
mundo, viraram as costas para os efeitos curativos naturais obtidos com a
associação de vegetais combinados, preferindo se concentrar em encontrar um
simples ingrediente mágico, escondido dentro de uma planta.
Desde esse sucesso inicial em isolar um ingrediente
ativo surgiu a atual indústria farmacêutica e quimioterápica. Os cientistas
passaram a considerar mais fácil trabalhar com substâncias químicas e seus
efeitos colaterais foram ignorados ou subestimados.
Com o seu poder financeiro, a indústria farmacêutica ganhou o
controle sobre a medicina moderna.
O uso de drogas no tratamento de doenças é ensinado
nas universidades e médicos devem aderir a esta doutrina assim que começarem a
clinicar. Entre muitos médicos, chega a ser considerado um crime quando alguém
prescreve substâncias naturais como ervas ou vitaminas.
Pela pressão que recebem, deixam de prescrever com
receio de serem acusados de conduta antiprofissional ou por não conhecerem
melhor seus efeitos.
Entretanto, nos últimos anos nós temos assistido um
renascimento da medicina baseada nas plantas. Os cientistas estão descobrindo
que não somente as ervas, mas também os alimentos contêm grupos de ingredientes
que agem sinergéticamente para conseguir benefícios medicinais.
Esses componentes são chamados de ingredientes
secundários, porque antigamente se acreditava que eles não tinham muito valor.
Sua ação, apesar de não ser bem explicada, é considerada importante.
Os ingredientes benéficos são, entre outros, os
carotenoides, os flavonoides, os fenóis, os estrógenos e as enzimas inibidoras.
Atualmente são chamados de fitoquímicos, ou seja, derivados de plantas.
Quase que diariamente ouvimos e lemos sobre os
milagrosos benefícios desses fitoquímicos, encontrados em ervas e alimentos.
Os pigmentos coloridos dos agentes agora são
compreendidos em sua ação benéfica contra o tratamento do câncer, especialmente
o licopeno, presente nos tomates e beterraba.
Agora nós podemos entender o que Hipócrates queria
dizer quando proclamou: “Deixe teu alimento ser teu remédio…”
Propriedades
medicinais da comida
A propriedade medicinal do alimento foi relatada por inúmeras culturas em todo o
mundo, ao longo da história. No entanto, na última década aconteceu uma
explosão de pesquisas clínicas que demonstram os benefícios para a saúde que os
alimentos oferecem, identificando os vários nutrientes e os fitoquímicos
associados com esses benefícios.
Muitas frutas, vegetais e alimentos integrais não
processados têm propriedades que podem beneficiar nossa saúde. Os estudos, na
última década, levaram as pesquisas para além da importância nutricional em
termos de proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais.
Componentes químicos nas plantas, chamados de
fitoquímicos, foram o foco específico dos estudos, mostrando seus efeitos
benéficos na prevenção do câncer, na redução do colesterol, na regulação dos
hormônios, para mencionar só alguns.
Os
alimentos campeões para a saúde
Aqui vão listados os dez alimentos com benefícios
nutricionais que são conhecidos como “superalimentos”, destacados nas pesquisas
sobre os efeitos para a saúde:
Mel
O mel tem sido reverenciados através dos tempos por
suas propriedades curativas. Muitas pesquisas demonstraram seus efeitos
anti-bactericidas e anti-virais. O mel também é utilizado por seu papel na
saúde digestiva, bem como para a cura de ferimentos.
Amoras
Amoras (blueberries, nos Estados Unidos) estão
entre as frutas com o mais alto nível de antioxidantes, que demonstraram podem
para baixar o colesterol, reduzir o risco de diabetes, retardar o processo de
envelhecimento, melhorar a habilidade motora, proteger a função urinária e
melhorar a visão.
Seu componente, a antocinanina, dá às amoras a sua
cor e pode ser a responsável pelas sua capacidade antioxidante e
anti-inflamatória.
Salmão
Como poucas calorias ou gordura saturada, rico em
proteínas e ácidos graxos Omega-3, o salmão tem sido muito estudado nos últimos
anos. As pesquisas demonstram seu grande poder anti-inflamatório e suas
propriedades anticancerígenas.
Sua capacidade em prevenir o diabetes, o Alzheimer,
bem como seus benefícios cardiovasculares, fazem desse peixe um vencedor em
todas as categorias. É importante achar o salmão selvagem, para evitar os
elementos contaminantes dos que são criados em cativeiro.
Chá
Verde
Muitos estudos têm reforçado a teoria de que há
muitos benefícios em incluir o chá verde na vida diária. As pesquisas mostraram
que ele tem propriedades que reduzem o risco de câncer, além de diminuir a
incidência de infarto e doenças do coração. O chá verde tem um papel em reduzir
diversos tipos de inflamações.
Recentemente se descobriu que o chá verde pode
prevenir o diabetes tipo dois e a osteoporose.
Brócolis
Repleto de vitaminas como a A, B-6, ácido fólico,
vitamina K e minerais, como cálcio e potássio, o brócolis continua a ganhar
reconhecimento como uma super estrela nutricional. O brócolis possui
propriedades que combatem o câncer.
Nozes
Excepcionalmente ricas em ômega-3, para um coração
saudável, as nozes são reconhecidamente eficazes para uma dieta que reduza o
colesterol, com baixo teor de gordura saturada, sem aumentar a ingestão
calórica. As nozes reduzem o risco de doenças do coração.
Condimentos
e especiarias
Açafrão - tem efeito anti-infamatório e pode
reduzir o risco de câncer, além de reduzir a progressão do Alzheimer
Canela
Estudos mostram que pode ajudar a baixar o
colesterol e estabilizar o açúcar no sangue.
Gengibre
Favorece a saúde do aparelho digestivo, é
anti-inflamatório e ajuda a prevenir o câncer.
Essas
sãs as estrelas nutricionais da década, para que nos fazem lembrar de adicionar
tempero aos nossos alimentos, além do simples sal e pimenta, o que vai aumentar
o sabor tanto quanto beneficiar nossa saúde.
Romã
A romã é reconhecida há muito tempo como símbolo da
fertilidade e da abundância. Nos tempos atuais, o foco mudou para seus notáveis
efeitos benéficos sobre a saúde.
Rica em antioxidantes, a romã mostrou em trabalhos
científicos que ajuda a reduzir o risco de enfarte, baixa o colesterol e a pressão
sanguínea e reduz o risco de muitos tipos de câncer.
Chocolate
amargo ou dark
Recentemente uma pesquisa sobre o chocolate reduziu
nossa culpa, demonstrando que ele pode realmente ser considerado um alimento
saudável.
Seus benefícios são sobre o sistema cardiovascular,
além de favorecer o bom humor. Tem também propriedades que proteger contra o
câncer. Além de tudo é delicioso.
Yogurte
O yogurt contém proteínas e vitaminas como as B-2 e
B-12, minerais, como o cálcio e o magnésio. Os consumidores de yogurte também
se beneficiam de seus probióticos, ou seja, as bactérias boas que existem no
trato intestinal, aumentando a imunidade e beneficiando a digestão.
As pesquisas mostraram que aumenta a saúde no
sistema reprodutivo da mulher. As propriedades de redução do colesterol
presentes no yogurte são muito promissoras, o que faz com que seu consumo seja
recomendado para todos.
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