4 questões para fazer sua ideia brilhante acontecer.
Não abandone uma ideia apenas por não conseguir visualizar todos
os passos do seu plano desde o primeiro momento
Resumo:
1- Investidores buscam
ideias com planejamento e preparo para a execução;
2- Uma ideia brilhante
precisa atender às necessidades da comunidade. Para tanto, é preciso ser viável
logisticamente;
3- Sua iniciativa não
precisa ser inusitada, ela pode trazer melhoria e inovação à maneira como os
serviços hoje são prestados;
4- É preciso definir como
mensurar o sucesso da sua iniciativa e garantir que seu time possa suprir todas
as necessidades infraestruturais do projeto.
Uma das alegrias de trabalhar em fundos filantrópicos é ver e
ouvir ideiasinteligentes e inovadoras de grupos e indivíduos apaixonados e
dedicados a causar impacto positivo na comunidade.
Ao mesmo tempo, um dos maiores desafios é concretizar essas
ideias. Muitas simplesmente evaporam.
Meu pai costumava dizer que quem já tomou banho teve uma ótima
ideia. “São as pessoas que saem do chuveiro, desenvolvem um plano e o executam
que realmente fazem as coisas.”
Para mim, essa frase traça uma linha entre as “boas ideias” e as
“ideias que podem ser financiadas”.
Seria ótimo criar subsídios para cada iniciativa interessante
que surge, mas os investidores têm recursos finitos e por isso é preciso
atraí-los e convencê-los a apostar nos nossos projetos.
O investidor se pergunta: “Qual o plano para concretizar a
ideia? Esse indivíduo ou grupo está preparado para executá-la?” Na minha experiência
e na de muitos colegas, isso se divide em quatro categorias.
Vale ressaltar:
Se você se depara com uma ideia brilhante, mas não consegue
responder afirmativamente às quatro questões abaixo, não deixe que isso o
desencoraje.
Não abandone uma ideia apenas por não conseguir visualizar todos
os passos do seu plano desde o primeiro momento. Converse com sua comunidade e
seus colegas para obter ajuda. Ao construir uma forte rede de contatos, você
estará conectado e se envolverá com uma variedade de mentes que podem ser úteis
para a aprimorar seu plano, criar sua visão e trazer mudanças positivas ao
mundo.
1. Veja,
na galeria de imagens a seguir, quatro perguntas que você deve responder para
transformar sua ideia brilhante em uma iniciativa prática:
Seu plano atende a alguma necessidade?
Identificar uma nova maneira de responder às necessidades da
comunidade é o primeiro ponto, mas há um segundo tópico que por vezes é
negligenciado. É preciso dizer de modo realista como trazer essa idéia à vida.
Por exemplo: talvez você acredite que restaurantes e mercearias
possam doar os alimentos que não serão mais vendidos.
Essa é uma idéia maravilhosa, mas, além de levar em conta a
legislação local a respeito, é preciso traçar a logística e os métodos
necessários para gerenciar a coleta, armazenamento e distribuição dos produtos.
2. Você tem as ferramentas necessárias?
Nossa organização tem trabalhado em plataformas digitais para a
comunidade. Podemos visualizar o tipo de recursos de web que desejamos, mas
ninguém em nossa equipe tem o conhecimento ou a habilidade para desenvolvê-los,
então precisamos de um suporte especializado.
Considere se o seu projeto já prevê as etapas para a execução e
se você dispõe dos conhecimentos necessários de finanças, negócios e demais
questões requeridas pela ideia.
Se não os possui, pense se tem parceiros ou colegas que
compartilham dos mesmos princípios e valores ideia e que podem se tornar
parceiros nessa empreitada.
3. Você visualiza o cenário?
É fácil — e arriscado — ter a sensação de que a sua ideia é
original. Mas cheque se esse é realmente o caso. Há muitas ideias semelhantes
em vigor, mas aplicadas com ajustes suficientes para diferenciá-las.
Não quero dizer com isso que você deva desistir de uma ideia se
alguém já faz algo parecido, mas que você deve buscar um diferencial.
No setor privado, vemos empresas inovarem e alcançarem avanços
significativos quando pressionadas por concorrentes com produtos e serviços
similares. O segredo é enxergar o cenário, ver o que é oferecido e quais as
brechas existentes para entender que caminhos e estratégias evitar e como fazer
a diferença.
4. Como mensurar resultados?
Em seu livro “Informal Sociology: A Casual Introduction to
Sociological Thinking” (Sociologia informal: uma introdução casual ao
pensamento sociológico, em tradução livre), de 1963, William Bruce Cameron diz:
“Nem
tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo que conta pode ser contado.”
Vivemos em um tempo dominado por dados. Graças às plataformas
digitais e ao avanço da tecnologia, é cada vez mais fácil atribuir métricas ao
nosso trabalho. Mas elas contam apenas metade da história.
Por exemplo, em nossa organização, monitoramos os dados
relacionados ao número de consultas que recebemos, de solicitações de subsídios
formais recebidos e feitos.
Mas também analisamos evidências para medir como está o
desempenho do nosso processo tanto para nossa equipe quanto para as
organizações sem fins lucrativos a que servimos, junto à comparação do nosso
processo de doação diante de outros financiadores, e como nossos investimentos
impactam positivamente as comunidades que servimos.
Ao fazer perguntas sobre o crescimento anual e o retorno do
investimento, pergunte-se também como esse esforço envolverá as pessoas a quem
deseja servir. Como você determinará se a sua missão está sendo cumprida em sua
comunidade?
Steven Moore.
Conteúdo Revista FORBES.
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