7 fatos sobre o infarto feminino que as mulheres devem conhecer.
Fique atenta aos primeiros sinais que podem ocorrer com meses de antecedência.
Só em 2011, 43.317 mil mulheres, o que corresponde a 41,90% dos casos, morreram de doença coronariana no país.
Ou seja, uma mulher a cada 12 minutos.
Naquele mesmo ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer, 13.225 mulheres morreram de câncer de mama no Brasil. Os homens ainda sofrem 16,8 mil mortes por ano a mais por doença coronariana do que as mulheres.
Talvez seja por esse motivo que a maioria das mulheres ainda considere a doença cardiovascular como primordialmente masculina.
Veja a seguir sete fatos novos sobre o infarto feminino que toda mulher precisa conhecer:
FATO 1
Os primeiros sinais  de alerta do infarto feminino podem surgir com meses de antecedência.
Estudos feitos na Noruega, no Canadá e nos EUA constataram que a maioria das mulheres se queixa de algum sintoma importante até um ano antes de um infarto.
Em geral, esse sintoma é fadiga incomum, transtornos do sono e falta de ar.
Outros são ansiedade, indigestão, períodos de dormência nos braços e dor em algum ponto do peito, do maxilar, das costas, dos braços ou das pernas.
FATO 2
Exames comuns podem não acusar problemas.
A redução do fluxo sanguíneo no coração, a chamada isquemia, é atribuída à presença de obstruções distintas causadas por placas nas artérias coronárias.
A ruptura dessas placas é a causa do infarto na maioria de homens e mulheres.
No entanto, descobertas mais recentes mostram que a isquemia pode ter várias causas, como vasos sanguíneos do coração estreitados ou enrijecidos a ponto de restringir o fluxo de sangue: a chamada disfunção microvascular coronariana.
Um importante estudo conduzido nos Estados Unidos na década passada, a Avaliação da Síndrome Isquêmica em Mulheres, verificou que cerca de 50% das mulheres com dor no peito, falta de ar e mau resultado na prova de esforço não apresentam obstruções em angiografias comuns.
Essas descobertas podem, sobretudo, ajudar a explicar por que os exames mais comuns para diagnóstico talvez não acusem o infarto sofrido por algumas mulheres.
FATO 3
Os infartos estão aumentando em mulheres de meia-idade.
Por causa do efeito protetor do estrogênio, a maioria das mulheres sofre infartos sete a dez anos depois dos homens.
Em média, em geral após a menopausa, com o pico de incidência depois dos 70 anos.
Mas estudos mostram que, nas últimas duas décadas, o número de infartos em mulheres de meia-idade (entre 40 e 65 anos) vem aumentando, enquanto o número de infartos em homens da mesma idade vem diminuindo.
Essa mudança pode estar ligada ao aumento da incidência dos principais fatores de risco cardiovasculares: tabagismo, diabetes, pressão alta, obesidade e vida sedentária.
FATO 4
As mulheres têm fatores de risco próprios e significativos.
Os principais fatores de risco cardiovasculares são os mesmos para homens e mulheres.
Mas nas mulheres o tabagismo e o diabetes apresentam importância crescente nos últimos 20 anos.
E as mulheres têm alguns fatores de risco importantes que os homens não têm.
As complicações da gravidez, principalmente a pré-eclâmpsia, aumentam de forma substancial o risco cardiovascular.
Outros fatores de risco são diabetes gestacional e restrição do crescimento intrauterino do bebê.
Entre os fatores de risco exclusivamente femininos também estão a menopausa precoce (antes dos 40 anos), momento no qual a mulher perde a proteção hormonal cardiovascular natural.
Lamentavelmente, essa proteção não pode ser garantida com a reposição hormonal.
A doença chamada síndrome do ovário policístico, que provoca infertilidade, ganho de peso e menstruações irregulares, também aumenta o risco de cardiopatia.
FATO 5
A síndrome do coração partido pode pôr a vida em perigo.
Em 1990, pesquisadores japoneses foram os primeiros a identificar um problema cardíaco temporário, mas capaz de ser fatal, em geral causado por estresse, tristeza ou choque extremos, de tal forma, que é nove vezes mais comum em mulheres depois da menopausa do que em homens.
É a síndrome do coração partido, ou cardiomiopatia de Takotsubo ou ainda balonamento apical transitório do ventrículo esquerdo.
A doença interfere na eficácia do bombeamento do coração e pode provocar sintomas de infarto e alterações no eletrocardiograma.
Contudo não há obstrução de artérias.
Cada vez mais a síndrome vem sendo identificada nos pacientes, e há estudos em andamento no mundo inteiro para encontrar a causa subjacente.
FATO 6
Uma laceração ou o inchaço de uma artéria pode interromper o fluxo sanguíneo.
Na “dissecção espontânea das artérias coronárias”, uma laceração ou um inchaço numa das artérias coronárias interrompe o fluxo sanguíneo. Ao passo que, dos que sofrem de dissecção espontânea, 70% são mulheres.
A doença geralmente surge entre os 30 e os 40 anos e é extremamente rara, atingindo pacientes jovens e do sexo feminino, e corresponde a 0,1% a 1,1% dos casos de infarto agudo do miocárdio.
Além disso, na maioria das vezes, estão ausentes os fatores de risco clássicos para doença aterosclerótica coronária.
FATO 7
Acredite nos seus sintomas e seja sua maior defensora.
Embora a compreensão dos infartos femininos tenha melhorado muito na última década, por certo, os especialistas observam que são necessárias mais pesquisas com maior representatividade de mulheres.
Além disso, é fundamental que elas levem muito a sério os riscos e os sintomas.
Ainda assim, os mais de 75% das mulheres com o conhecido sintoma de dor no peito como característica dominante ainda costumam desdenhá-lo por supor que não pode ser infarto.
Imagem: spukkato/iStock.
Conteúdo Revista SELEÇÕES.
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https://www.selecoes.com.br/saude/7-fatos-infarto-feminino-mulheres-devem-conhecer/

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