Essa doença autoimune que ataca as articulações pode causar
dores e deformações.
Novos remédios permitem um controle adequado do problema.
Com os avanços da medicina, hoje dá para viver bem com artrite
reumatoide (e livre de deformações)
Artrite reumatoide. Que, entre outras várias pessoas, acomete a atriz Betty Faria –
é uma doença autoimune caracterizada pelo ataque do próprio corpo às
articulações, o que provoca inchaço, rigidez e dores nas juntas, capazes
inclusive de limitar a movimentação no dia a dia.
O distúrbio costuma atacar especialmente dedos, joelhos e
tornozelos.
Se a inflamação crônica não for contida, leva a deformações e
chega a degenerar inclusive os ossos. O comprometimento na qualidade de vida é
ilustrado pela dificuldade de realizar tarefas tão simples como escovar os
dentes.
A artrite reumatoide é mais comum em mulheres na faixa dos 30
aos 50 anos. Hoje se sabe que seus danos não se limitam às juntas.
O estado de inflamação instaurado pelo distúrbio aumenta o risco
de entupimento nas artérias e, consequentemente, infartos e AVCs, além de
repercutir na saúde dos olhos, dos nervos e dos pulmões.
Sinais e sintomas.
– Dor e inchaço nas juntas
– Rigidez nas articulações, principalmente pela manhã
– Dificuldade de movimentação dos dedos ou dos membros
– Redução do apetite e perda de peso
– Febre baixa
– Fadiga
– Nódulos visíveis na pele próximos às juntas
Fatores de risco
– Predisposição genética
– Sexo feminino
– Excesso de peso
– Tabagismo
– Desequilíbrios hormonais
– Depressão, possivelmente
A prevenção
Como a origem da artrite reumatoide não é plenamente conhecida,
ainda não é possível falar em prevenção primária. Podemos, sim, prevenir
complicações e limitações impostas pela doença.
E isso se faz com diagnóstico e tratamento precoces.
Exercícios realizados com indicação médica e sob a supervisão de
um educador físico também ajudam a contornar os sintomas e a devolver qualidade
de vida.
Estudos sugerem que, pelo potencial anti-inflamatório das
gorduras mono e poli-insaturadas, o consumo rotineiro de azeite de oliva e
pescados como sardinha e salmão favoreçam o estado das juntas.
O diagnóstico
O profissional indicado para se chegar ao veredicto é o
reumatologista, que, pelo exame físico, avaliação do histórico do paciente e
radiografias de mãos e pés, já consegue ter uma boa ideia se a confusão nas
juntas foi armada pela artrite reumatoide.
O especialista poderá compor a investigação por meio de exames
de sangue, como o que apura a presença de um anticorpo conhecido como fator
reumatoide.
Outros testes não raro são solicitados para descartar condições
autoimunes como lúpus e artrite psoriática.
Como os primeiros três meses após a eclosão dos sintomas são
considerados essenciais para impor um bom controle sobre o problema, o
diagnóstico precoce é considerado uma arma preciosa para conter a artrite
reumatoide.
Ainda não há cura para artrite reumatoide, mas, felizmente, os
remédios disponíveis hoje permitem ao paciente levar uma vida praticamente
normal.
Isso, claro, se seguir o tratamento à risca e adotar outros
hábitos saudáveis, como a prática supervisionada de atividade física.
MEDICAMENTOS.
Existem diversas classes de medicamentos usadas para controlar a
artrite — de anti-inflamatórios à base de corticoides aos chamados DMARDS,
drogas antirreumáticas modificadoras da doença.
Esses últimos são medicações biológicas injetáveis que anulam o
processo inflamatório que se apodera das articulações.
REMÉDIOS DE USO ORAL
Existem remédios mais novos e de uso oral, aliás, que atuam nas
células de defesa que participam dessas reações.
Enfim, com uma terapia individualizada e bem estruturada, é
possível controlar o inchaço, a dor e a limitação de movimentos causada pela
doença.
CRISES.
Durante as crises nas juntas, os médicos prescrevem repouso.
Mas, fora dessas situações, praticar atividade física é mais do que
recomendado, uma vez que melhora a mobilidade, baixa a inflamação e auxilia a
silenciar a dor.
Existem evidências ainda de que abandonar o tabagismo, se for o
caso, conta pontos para manter a doença quietinha, já que o cigarro favorece o
processo inflamatório.
Foto: Tomas
Arthuzzi/SAÚDE é Vital.
Por Chloé
Pinheiro e Goretti Tenorio.
Conteúdo
Revista SAÚDE.
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