OMS pede que não se 'fechem os olhos' para covid-19
apesar do cansaço.
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom
Ghebreyesus, pediu nesta segunda-feira (9) à comunidade internacional que
"não feche os olhos" para a pandemia da covid-19, mesmo que o mundo
esteja "cansado" do vírus.
O
diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom
Ghebreyesus, participa de uma coletiva de imprensa diária sobre o surto de
COVID-19 na sede da OMS em Genebra, em 28 de fevereiro de 2020
Em seu discurso de abertura na assembleia geral anual da OMS, que está
sendo realizada on-line nesta semana, Tedros pediu à comunidade internacional
que "recupere com urgência o senso do bem comum".
"Com esse espírito, parabenizamos o presidente eleito Joe Biden e a
vice-presidente eleita Kamala Harris" nos Estados Unidos, disse ele, um
dia depois de parabenizá-los no Twitter.
"Estamos satisfeitos com a ideia de trabalhar em estreita
colaboração com sua administração", acrescentou, após Joe Biden anunciar
que uma célula de crise será lançada contra o coronavírus, que infectou mais de
50 milhões de pessoas em todo mundo.
A atitude de Biden, que garantiu que cancelará o processo de retirada
dos Estados Unidos da OMS, contrasta com a de seu rival, o presidente em final
de Donald Trump, que minimizou a pandemia e renegou a agência da ONU, que ele
vê como um "fantoche" nas mãos da China.
"Podemos estar cansados da covid-19. Mas ela não se cansou de
nós", frisou o chefe da OMS.
"Sim, [o vírus] ataca as pessoas com problemas de saúde. Mas também
ataca outras fraquezas: desigualdade, divisão, negação, boas palavras e
ignorância deliberada", acrescentou.
"Não podemos negociar com a covid-19, ou fechar os olhos, esperando
que ela desapareça", insistiu.
Da mesma forma, Tedros Adhanom Ghebreyesus enfatizou que o vírus não se
preocupa com "retórica política, ou com teorias da conspiração".
"Nossa única esperança é: ciência, soluções e solidariedade",
disse ele aos 194 países-membros da organização, reunidos para a Assembleia
Mundial da Saúde.
O encontro vai durar uma semana, até 14 de novembro, e se segue a uma
primeira parte realizada em maio, que durou dois dias e teve a pandemia como
foco.
Nesta semana, os diplomatas terão a oportunidade de falar sobre a
reforma da OMS, um procedimento de longa data com o objetivo de fortalecer a
organização para responder de forma mais rápida e eficaz aos desafios atuais,
como as pandemias.
O diretor-geral da OMS pediu nesta segunda-feira (9) que a reforma seja
"acelerada" e convocou os países a trabalharem nessa direção,
fortalecendo suas capacidades de saúde e melhorando a "cooperação
internacional".
apo/vog/jvb/es/cc/tt;
Foto:©
Fabrice COFFRINI
Conteúdo
AFP.
Portal
MSN.
LINK:
Nenhum comentário:
Postar um comentário