NEUROLOGIA
Nova diretriz para o Alzheimer foca diagnóstico precoce. A primeira atualização do Guia criado em 1984 aumenta para três os estágios da doença e aumenta a importância dos sintomas iniciais.
Nova diretriz para o Alzheimer foca diagnóstico precoce. A primeira atualização do Guia criado em 1984 aumenta para três os estágios da doença e aumenta a importância dos sintomas iniciais.
Doenças degenerativas: com a morte dos neurônios, o cérebro entra em um processo que dá origem a doenças como Alzheimer
Revisado pela primeira vez depois de 27 anos, o Guia de Orientações para Diagnóstico do Alzheimer, do Instituto Nacional para o Envelhecimento e da Associação para o Alzheimer, ambos dos Estados Unidos, traz uma mudança significativa na maneira como a doença é diagnosticada e tratada atualmente.
No guia original, criado em 1984 e usado até hoje pela medicina, o Alzheimer é uma doença de detecção tardia, que deve ter o tratamento iniciado quando os sintomas são severos e óbvios. Com as novas diretrizes, entretanto, os sintomas iniciais da doença passam a ser reconhecidos, e o diagnóstico e o tratamento podem ser feitos de maneira precoce.
Publicado nesta terça-feira no Alzheimer's & Dementia: The Journal of the Alzheimer's Association, o novo guia teve sua revisão coordenada por especialistas da Universidade Johns Hopkins, da Clínica Mayo e da Universidade de Harvard, todos nos Estado Unidos.
O guia original definia o Alzheimer como uma doença de apenas um estágio, a demência, e baseava o diagnóstico somente em sintomas clínicos, que deveriam ser confirmados mais tarde, durante a autópsia.
Com a revisão, no entanto, o conceito de Alzheimer foi expandido. Agora, são três os estágios da doença (pré-clínico, prejuízo cognitivo leve e demência) e a perda de memória deixa de ser o sintoma central da doença.
Problemas como os declínios na cognição, a exemplo da perda de fala e de visão e prejuízo no raciocínio e no julgamento, podem servir também como sintomas de alerta durante o diagnóstico médico.
Tratamento - Além de descrever os estágios pré-clínicos da doença e sua evolução gradativa, a nova diretriz indica também o uso de exames por imagem e de biomarcadores no sangue e na coluna espinhal.
Esses exames devem ser usados para se determinar se as alterações no cérebro e nos fluídos corporais são uma consequência do Alzheimer ou de outros tipos de demência. Os biomarcadores já são usados hoje, mas apenas para mapear a evolução da doença, e não estavam incluídos nos procedimentos clínicos rotineiros para diagnóstico.
Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre o Alzheimer:
Revista VEJA online. (Creatas Images/Thinkstock).
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