PROTESTO CONTRA ROYALTIES REÚNE CENTENAS EM CLIMA DE MICARETA NO RIO
"Quem é contra a covardia e em defesa do Rio dá um grito bem alto!", pede o animador, em cima de um trio elétrico. As centenas de pessoas que acompanham o protesto organizado pelo governo do Rio contra a mudança na distribuição das receitas do petróleo respondem como pedido, e agitam bandeirinhas do Estado. Na sequência, entra o clássico "Cidade Maravilhosa" no som, em ritmo de funk.
É nesse clima de micareta que se desenrola a "Caminhada contra a Injustiça, em Defesa do Rio", que desde as 14h (uma hora antes do previsto) ocupa parte da avenida Rio Branco, uma das principais do centro da cidade.
Os manifestantes podem escolher se querem protestar ao som de samba, de funk ou de eletrônica --há quatro trios elétricos e quatro carros de som, ocupados pelos funkeiros da Furacão 2000 (o trio mais popular até agora), por integrantes de escolas de samba (Portela, Salgueiro, Mangueira) e, além de representantes do governo e de sindicatos.
Para que a passeata não perca o foco, cada "ela desce/ela quica" que vem das caixas de som é seguido de palavras de ordem que lembram o público do porquê de estarem ali.
"Querem comprometer nosso futuro!", grita um. "Não pode mudar a regra no meio do jogo", diz outro, referindo-se à proposta em análise no Congresso para alterar a divisão dos royalties do petróleo, que reduziria a verba recebida por Estados produtores como o Rio de Janeiro.
"Mexeu com o Rio, mexeu comigo" é o bordão oficial, repetido em vários momentos e presente também nas campanhas publicitárias feita pelo governo do Estado, que incluem artistas como Caetano Veloso e Seu Jorge.
O governador Sérgio Cabral (PMDB) é aguardado para acompanhar a caminhada até a Cinelândia, onde o evento se encerrará, à noite, com Fernanda Montenegro lendo o "Manifesto do Rio" e shows de Lulu Santos, Sorriso Maroto, Diante do Trono e MC Naldo. Antonio Scorza/France Presse.
Manifestantes protestam contra mudança na distribuição das receitas do petróleo
FOLHA ONLINE. MARCO AURÉLIO CANÔNICO, DO RIO
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