Rota que as cepas do parasita da malária usam para entrar nos glóbulos vermelhos do sangue foi identificada. Descoberta ajuda na criação de vacina. Anopheles: O mosquito transmissor da malária.
Cientistas do Instituto Wellcome Trust Sanger, no Reino Unido, descobriram como fazer que o parasita da malária não se espalhe pela corrente sanguínea, aumentando as possibilidades da criação de uma vacina eficaz. A pesquisa foi publicada na edição desta semana da revista científica Nature.
De acordo com os especialistas, o mecanismo de entrada essencial é comum para todas as cepas do parasita mais letal, o Plamodium falciparum. Com isso, uma futura vacina poderia ser eficaz para o conjunto das cepas do parasita. Até agora, pensava-se que o parasita P. falciparum dispusesse de várias opções para vencer as defesas das células do sangue.
O coautor do estudo Gavin Wright, contudo, descobriu que a interação entre uma molécula específica do parasita, chamada "ligand PfRH5", e um receptor do glóbulo vermelho, a basigina (BSG), é indispensável para a infecção.
Ainda de acordo com o estudo, os anticorpos anti-BSG podem bloquear a infecção das células sanguíneas, seja qual for a cepa experimentada em laboratório.
A descoberta deste receptor único, que pode ser fixado para deter a invasão do parasita através do sangue, deixa de esperar uma solução mais eficaz que um dia poderá erradicar a doença. Atualmente, a malária ainda mata 781.000 pessoas ao ano e 85% das crianças com menos de cinco anos na África subsaariana, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
(Com agência France-Presse). (Getty Images)
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